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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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A bupropiona não afeta o sistema serotonínico do cérebro. Em vez disso, parece

agir potencializando o sistema norepinefrínico, como o antidepressivo tricíclico

chamado desipramina (Norpramin). Há também algumas evidências de que

ela possa estimular o sistema dopamínico do cérebro, mas esses efeitos são bem

mais fracos e não está claro se eles podem contribuir para os efeitos antidepressivos

da bupropiona. Mesmo assim, a bupropiona às vezes é classificada como um “antidepressivo

combinado noradrenérgico e dopaminérgico”, por causa de seus efeitos

sobre os sistemas da norepinefrina e da dopamina.

A bupropiona é usada para tratar pacientes com depressão, tanto internados

como ambulatoriais com todo tipo de gravidade. Estudos preliminares sugerem que

ela também pode ser útil para uma série de outros problemas, como parar de fumar,

fobia social e transtorno do déficit de atenção. No entanto, esses efeitos abrangentes

da bupropiona não significam que o medicamento tenha algo de especial. Quase

todos os antidepressivos já foram descritos como sendo ao menos parcialmente eficazes

para uma grande variedade de problemas que incluem a depressão, todos os

transtornos de ansiedade, distúrbios alimentares, raiva e violência, dor crônica e

muitos outros. Uma possível interpretação para essas resultados é a de que esses

medicamentos podem não ser especificamente antidepressivos. Em vez disso, eles

podem ter efeitos generalizados por todo o cérebro.

Um novo uso para a bupropiona é o de aumentar os efeitos dos antidepressivos

ISRS. Suponhamos, por exemplo, que você esteja tomando um remédio como o Prozac

mas não tenha apresentado uma resposta adequada. Em vez de trocá-lo por um

outro remédio, seu médico pode acrescentar uma pequena dose de bupropiona para

tentar aumentar o efeito do Prozac. A bupropiona, em doses de até 225 mg a 300 mg

por dia, já foi acrescentada a antidepressivos ISRS para tentar combater os efeitos

colaterais sexuais dos ISRS, como perda de libido e dificuldade de ter orgasmos.

Na minha experiência clínica, os efeitos dessas combinações de medicamentos

foram muitas vezes desanimadores. Em geral, eu prefiro experimentar outro medicamento

em vez de combinar remédios quando um medicamento não funciona.

Pessoalmente, receio que em alguns casos os pacientes corram o risco de ser excessivamente

medicados por doutores um tanto entusiasmados com a ideia de acrescentar

cada vez mais remédios em doses cada vez maiores. Além disso, por confiar tanto

nas intervenções psicoterapêuticas da minha própria atividade clínica, não me sinto

tão pressionado a encontrar uma solução apenas com medicamentos. Portanto, não

fico tão preocupado quando um ou mais remédios deixam de fazer efeito. Simplesmente

troco por outro e continuo a experimentar uma série de novas estratégias

psicoterapêuticas, uma combinação que acredito ter mais resultados positivos.

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