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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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esses efeitos colaterais frequentemente diminuem à medida que se acostuma ao remédio.

Se você conseguir tolerar os efeitos colaterais, muitos deles vão desaparecer

depois de alguns dias. Se os efeitos forem fortes o suficiente para causar desconforto,

talvez seu médico decida reduzir a dose, o que geralmente ajuda.

Alguns efeitos colaterais sugerem que você esteja tomando uma dose excessiva.

Eles incluem dificuldade de urinar, visão turva, confusão, tremor grave, tontura

forte ou aumento da transpiração. No caso desses sintomas, uma redução na dose

certamente é indicada. Um emoliente fecal ou laxante pode ajudar se ocorrer prisão

de ventre. Como observado antes, é mais provável ocorrer tontura quando se levanta

de repente, pois o fluxo sanguíneo para o cérebro é temporariamente reduzido.

Em geral, a sensação dura apenas alguns segundos. Se você se levantar mais devagar

e com cuidado, ou movimentar as pernas antes de ficar de pé (contraindo e relaxando

os músculos da perna, como quando você corre sem sair do lugar), não deve ter

problemas. O movimento faz os músculos das suas pernas “bombearem” o sangue

de volta para o cérebro. O uso de meias elásticas também pode ajudar.

Alguns pacientes afirmam que se sentem “estranhos”, “distantes” ou “fora da

realidade” por vários dias quando tomam um antidepressivo tricíclico pela primeira

vez. Pela minha experiência, um tricíclico chamado doxepina (Sinequan) parece

ter mais probabilidade de causar esse efeito. Quando os pacientes dizem se sentir

estranhos no primeiro ou segundo dia tomando um antidepressivo, geralmente

aconselho-os a continuar com ele. Em quase todos os casos, a sensação desaparece

completamente em alguns dias.

Se você administrar aos pacientes comprimidos de açúcar (placebos), os quais

eles acreditam serem antidepressivos, também relatarão efeitos colaterais semelhantes

aos mencionados por pacientes que tomam antidepressivos. Por exemplo, em um

estudo, 25% dos pacientes que tomavam clomipramina afirmavam ter dificuldades

para dormir, logo você pode concluir que esse medicamento provoca insônia em

um quarto dos pessoas que o consomem. No entanto, 15% dos pacientes do mesmo

estudo que recebiam apenas placebo também relataram insônia. Portanto, a probabilidade

da insônia efetivamente provocada pela clomipramina seria de 25% menos

15%, ou 10%. Obviamente, esse efeito colateral é “real”, mas é um pouco menos

comum do que se poderia esperar a princípio.

Esses estudos indicam que muitos “efeitos colaterais” podem não ser realmente

causados pelo medicamento que você está tomando. Alguns podem resultar de temores

em relação ao medicamento, da própria depressão ou de outros eventos estressantes

da sua vida, como um conflito conjugal, e não do remédio em si.

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