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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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cos, anti-histamínicos ou analgésicos. Em outras palavras, os remédios psiquiátricos

podem afetar outros remédios que o seu médico possa prescrever (como um comprimido

para pressão alta), do mesmo modo que esses outros remédios podem ter

impacto sobre qualquer remédio psiquiátrico que você esteja tomando. A conclusão

disso é que o nível de qualquer remédio que você toma pode ficar alto ou baixo demais

se você tomar outro ao mesmo tempo.

Agora, quero dar alguns exemplos específicos dessas interações medicamentosas.

Suponhamos que você esteja tomando um dos inibidores seletivos da recaptação

de serotonina mais recentes chamado paroxetina (comercializado com o nome de

Aropax). Esse medicamento é muito semelhante ao Prozac. Vamos supor que a paroxetina

não esteja fazendo muito efeito, o que às vezes acontece, e você continue se sentindo

deprimido. Talvez o seu médico resolva acrescentar um segundo antidepressivo. Se

ele escolher a desipramina (comercializada com o nome de Norpramin), a paroxetina

que você está tomando terá o efeito de “tampar o ralo da banheira”. Agora o seu

corpo não será capaz de metabolizar tão bem o novo remédio (desipramina). Por

conseguinte, o nível de desipramina no seu sangue pode ficar três ou quatro vezes

mais alto que o esperado. A maioria dos psiquiatras está ciente dessa interação e

terá o cuidado de prescrever a desipramina numa dose mínima se o paciente estiver

tomando um ISRS como a paroxina. Mas se o psiquiatra não tivesse conhecimento

dessa interação medicamentosa em particular e resolvesse administrar uma dose

“normal” de desipramina, você poderia sofrer uma intoxicação por excesso de desipramina

no sangue.

Isso é grave? Bem, existem três possíveis problemas. Primeiro, a desipramina

não faz efeito em níveis sanguíneos excessivamente elevados. Segundo, em níveis

elevados há muito mais efeitos colaterais. E terceiro, em casos raros, níveis excessivos

de desipramina no sangue podem provocar arritmias cardíacas e às vezes até

causar a morte.

Esse tipo de interação medicamentosa é raro? Não. Os níveis sanguíneos dos antidepressivos

podem aumentar ou diminuir drasticamente quando combinados a

remédios comuns vendidos sem receita médica que você pode tomar sem pensar.

Os quadros do Capítulo XX vão delinear as interações mais importantes de qualquer

antidepressivo que você possa estar tomando.

Por fim, algumas interações tóxicas e perigosas não dependem necessariamente

das doses ou níveis sanguíneos. Por exemplo, muitos antidepressivos mais recentes

como o Prozac têm fortes efeitos sobre os sistemas serotonínicos do cérebro. Os

inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) também afetam os sistemas serotonínicos

do cérebro, mas por um mecanismo diferente. O antidepressivo tranilcipromina

(comercializado com o nome de Parnate) é um exemplo dessas drogas MAOIs. Se

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