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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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pode sofrer uma queda repentina na pressão arterial e talvez até desmaiar ao se

levantar de repente.

Um quarto tipo de interação medicamentosa, mais ameaçador, não está relacionado

a alterações nos níveis sanguíneos, e sim aos efeitos tóxicos de certas combinações

de remédios. Em outras palavras, dois remédios que são seguros quando

ingeridos separamente podem levar a interações extremamente perigosas quando você

toma os dois juntos.

Agora vamos analisar mais detalhadamente os dois primeiros tipos. Por que às

vezes um remédio faz o nível de um segundo aumentar ou diminuir drasticamente?

Bem, uma maneira simples de entender isso seria imaginar que você está tentando

encher uma banheira. Se o ralo estiver destampado, a tendência é a de que a água

saia tão depressa quanto entra. Por conseguinte, o nível de água na banheira nunca

ficará alto o suficiente para tomar um banho, não importa quanto tempo você deixe

a torneira aberta. Por outro lado, se o ralo estiver tampado e você não fechar a torneira,

a banheira irá transbordar.

Agora compare o seu corpo à banheira. (Não estou me referindo à sua aparência!)

O remédio que você toma todos os dias é como a água que está entrando. Certos

sistemas enzimáticos do seu fígado podem ser comparados ao ralo no fundo da

banheira. Essas enzimas transformam quimicamente os remédios em outras substâncias

(chamadas “metabólitos”) que podem ser mais facilmente eliminadas pelos

seus rins. Esse processo é chamado de “metabolismo”. Os metabólitos dos remédios

que você toma geralmente vão para a sua urina.

Quando você acrescenta um segundo remédio, seu fígado pode levar mais tempo

para metabolizar o primeiro. Isso seria como tampar o ralo da banheira. Então,

como você continua tomando o primeiro remédio, seu nível sanguíneo fica muito

elevado, do mesmo jeito que o nível de água na banheira fica alto demais, o que leva

a derramá-la. Ou então, o segundo remédio que você tomar pode ter o efeito oposto

de deixar o ralo da banheira bem maior. Nesse caso, o metabolismo do seu fígado

fica mais rápido e o seu corpo elimina o primeiro remédio bem mais depressa. Você

pode continuar tomando a mesma dose do primeiro remédio todo dia, mas o seu nível

sanguíneo permanece baixo demais para obter o efeito antidepressivo desejado.

Nesse caso, a água sai da banheira tão depressa quanto entra.

O princípio básico é mais ou menos esse. Os medicamentos mais prováveis

de interagir uns com os outros são aqueles metabolizados pelas enzimas do sistema

“citocromo P450” do fígado. Existem vários sistemas enzimáticos como esse, e

cada um metaboliza um tipo diferente de medicamento. Somente certos remédios

ou combinações deles irão estimular ou inibir qualquer desses sistemas. As drogas

psiquiátricas podem interagir com outras, psiquiátricas ou não, como os antibióti­

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