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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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com uma dose pequena e for aumentando-a aos poucos, os efeitos colaterais podem

ser minimizados. Além disso, muitos efeitos colaterais tendem a diminuir com o

tempo. Às vezes uma redução da dose vai minimizar os efeitos colaterais sem reduzir

a eficácia de um antidepressivo; em outras, será necessário mudar para um outro

tipo de antidepressivo. Se você e o seu médico trabalharem em conjunto, provavelmente

conseguirão encontrar um medicamento que tenha um efeito benéfico sobre

o seu humor, sem excesso de efeitos colaterais.

Seu médico pode também acrescentar um segundo medicamento para ajudar a

combater os efeitos colaterais de um antidepressivo ou estabilizador do humor. Às

vezes isso é necessário e se justifica; às vezes, não. Discutirei essa questão em maiores

detalhes no Capítulo XX, mas darei dois exemplos específicos aqui.

Vamos supor que você esteja tomando lítio para doença maníaco-depressiva.

Um efeito colateral comum do lítio é um tremor das mãos. Talvez você tenha dificuldade

de escrever seu nome com clareza, ou sua mão trema quando você tenta

segurar uma xícara de café. Um dos meus pacientes tremia tanto que chegava a derramar

o café para fora da xícara. Evidentemente, um efeito colateral assim tão grave

é inaceitável.

Seu médico pode acrescentar um dos remédios chamados betabloqueadores para

ajudar a combater o tremor. O propranolol (Rebaten) é usado com frequência para

esse propósito. No entanto, os betabloqueadores têm fortes efeitos sobre o coração e

também podem apresentar seus próprios efeitos colaterais. Além disso, tanto o lítio

como os betabloqueadores têm o potencial de apresentar interações adversas com

outros remédios que o seu psiquiatra ou clínico-geral possa prescrever e, assim, a

situação logo acaba ficando complicada. Na minha cabeça, a questão passa a ser:

esse tremor é tão grave e incapacitante que justifica o acréscimo de um remédio forte

para o coração? Existe outra maneira de lidar com esse efeito colateral sem acrescentar

mais remédios? Seria indicado reduzir a dose? Às vezes o betabloqueador pode

se justificar; em outras, ele pode não ser necessário.

O mesmo tipo de raciocínio aplica-se aos antidepressivos. Às vezes é necessário

um segundo remédio para combater um efeito colateral, mas essa não costuma ser a

melhor opção. Suponhamos que você esteja sendo tratado com fluoxetina (Prozac)

para depressão. Três efeitos colaterais comuns do Prozac são insônia, ansiedade e problemas

sexuais. Vamos analisar como o seu médico poderia lidar com cada um deles.

• Se você está muito agitado por causa do Prozac e tem dificuldades para dormir,

seu médico pode acrescentar uma pequena dose de um segundo antidepressivo,

de efeito mais sedativo, à noite. Costuma-se usar 50 a 100 mg de

trazodona (Donarem), por exemplo. Esse é um ótimo procedimento porque,

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