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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Como era de se esperar, houve alterações químicas cerebrais nos pacientes do

grupo de terapia medicamentosa que apresentaram melhora. Essas alterações indicaram

que o metabolismo cerebral deles havia ficado mais lento ‒ em outras palavras,

os nervos de uma certa região do cérebro pareciam estar mais “relaxados”.

A grande surpresa foi a ocorrência de alterações semelhantes no cérebro dos pacientes

que tiveram êxito no tratamento com a terapia cognitiva comportamental.

Só que esses pacientes não ingeriram nenhuma medicação. Além disso, não houve

nenhuma diferença significativa nas alterações cerebrais observadas em cada um dos

grupos, nem na eficácia dos dois tipos de tratamento. Por causa desse e de outros

estudos semelhantes, pela primeira vez os pesquisadores estão começando a considerar

a possibilidade de que a terapia cognitiva comportamental ‒ os métodos

descritos neste livro ‒ possa realmente ajudar as pessoas a alterar a química e a

arquitetura do cérebro humano!

Embora nenhum tratamento possa curar todos os males, pesquisas indicam que

a terapia cognitiva pode ser útil para uma série de outros transtornos além da depressão.

Por exemplo, em diversos estudos, pacientes com crises de pânico reagiram

tão bem à terapia cognitiva sem qualquer medicação que hoje muitos especialistas

consideram o uso exclusivo da terapia cognitiva como sendo o melhor tratamento

para esse transtorno. A terapia cognitiva também pode ser eficaz em muitas outras

formas de ansiedade (como a ansiedade generalizada, as fobias, o transtorno obsessivo-compulsivo

e o estresse pós-traumático), e ela também tem sido usada com

êxito em transtornos de personalidade como o borderline.

A terapia cognitiva vem ganhando popularidade no tratamento de muitos outros

problemas. Na Conferência de Psicofarmacologia da Universidade de Stanford,

em 1998, fiquei intrigado com a apresentação feita por um colega dessa universidade,

o dr. Stuart Agras. Agras é um renomado especialista em distúrbios alimentares

como a compulsão alimentar, a anorexia nervosa e a bulimia. Ele apresentou os resultados

de inúmeros estudos recentes sobre o tratamento de distúrbios alimentares

com medicamentos antidepressivos comparados à psicoterapia. Esses estudos

indicaram que a terapia cognitiva comportamental é o tratamento mais eficaz para

distúrbios alimentares ‒ melhor do que qualquer remédio conhecido ou qualquer

outra forma de psicoterapia. 3

3. Nenhum tratamento atual é capaz de resolver todos os problemas, nem a terapia cognitiva. Uma

outra terapia de curta duração, chamada terapia interpessoal, tem se mostrado promissora para

pacientes com distúrbios alimentares. No futuro, estudos como os conduzidos pelo dr. Agras e

seus colegas levarão, sem dúvida, a tratamentos mais específicos e eficazes para os distúrbios

alimentares.

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