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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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como o do Capítulo II a todos os pacientes em todas as sessões. Eu podia ver claramente

que, embora alguns deles fossem muito beneficiados pelos antidepressivos,

muitos não eram. Um monte de pacientes apresentava apenas uma ligeira melhora, e

alguns nem isso. Posteriormente, passei a combinar os antidepressivos com as novas

técnicas de terapia cognitiva que estava aprendendo, e vi resultados bem melhores.

Acabei desistindo de tratar os pacientes apenas com remédios.

Em terceiro lugar, eu costumo usar um medicamento por vez, e não uma combinação

de vários tipos de remédios diferentes, embora haja certamente muitas

exceções a essa ou a qualquer outra regra. A ideia por trás da polifarmácia é a de que,

se um remédio é bom, usar dois, três ou mais será melhor ainda. Alguns médicos

usam também remédios complementares para tentar combater os efeitos colaterais

de que o paciente esteja tomando. Os potenciais inconvenientes da polifarmácia são

muitos, entre eles, mais efeitos colaterais e maiores chances de interações medicamentosas

adversas. Eu discuto sobre a polifarmácia em detalhes no fim do Capítulo

XX e descrevo uma série de situações específicas em que o uso de mais de um

remédio pode se justificar.

Por fim, não costumo manter o uso de antidepressivos por tempo indeterminado

depois que os pacientes se recuperam. Em vez disso, vou reduzindo gradualmente

depois que eles já estão se sentindo bem por vários meses. Descobri que,

na maioria dos casos, os pacientes que já se recuperaram conseguem permanecer

livres da depressão sem o uso de medicamentos. Lembre-se de que todos os meus

pacientes receberam terapia cognitiva, independentemente de terem ou não recebido

também um antidepressivo. A terapia cognitiva provavelmente é responsável

pelos bons resultados a longo prazo, porque os pacientes aprendem ferramentas que

podem usar pelo restante da vida, sempre que se sentirem chateados.

Muitos médicos têm uma prática bem diferente. Eles dizem aos pacientes que

devem continuar tomando seus antidepressivos por tempo indeterminado para corrigir

um “desequilíbrio químico no cérebro” e evitar recaídas da depressão. Embora

a recaída seja uma questão importante, descobri que acostumar os pacientes a usar

suas ferramentas de terapia cognitiva sempre que for necessário parece manter a

melhora após a recuperação. Na verdade, alguns estudos controlados de acompanhamento

a longo prazo confirmaram que isso funciona melhor que os remédios

para evitar recaídas.

Embora esta seja, em poucas palavras, a minha filosofia, lembre-se de que não

existe uma única abordagem “correta”, e a filosofia do seu médico pode ser diferente

da minha. Além disso, toda regra tem várias exceções, e o seu diagnóstico ou o seu

histórico pessoal podem exigir uma abordagem diferente da que acabei de descrever.

Se você tem alguma dúvida sobre o seu tratamento, discuta suas preocupações

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