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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Outros medicamentos também serão usados durante episódios graves de depressão

ou mania. No entanto, uma boa psicoterapia também pode fazer uma grande contribuição

no tratamento do transtorno bipolar. Na minha experiência, a combinação

de uma droga como o lítio ou o ácido valproico, junto à terapia cognitiva, tem se

mostrado bem mais eficaz do que o tratamento realizado apenas com medicamentos.

Do ponto de vista prático, a questão que enfrento como clínico é essa: Como

posso tratar melhor cada paciente que esteja sofrendo de depressão, seja qual for

a causa? Independentemente de haver ou não uma influência genética, às vezes os

remédios podem ajudar, e às vezes a psicoterapia. E, às vezes, uma combinação de

psicoterapia e medicamentos antidepressivos parece ser a melhor abordagem.

É MELHOR SER TRATADO COM REMÉDIOS

OU COM PSICOTERAPIA?

Uma série de estudos comparou a eficácia do tratamento com antidepressivos

em relação à da terapia cognitiva. 29-32 De um modo geral, esses estudos indicaram

que, durante a fase aguda do tratamento, quando os pacientes buscam tratamento

para sua depressão pela primeira vez, os dois métodos parecem funcionar razoavelmente

bem. Após a recuperação, o quadro é um pouco diferente. Vários estudos

de longo prazo indicam que os pacientes tratados com terapia cognitiva, sozinha

ou combinada a medicamentos antidepressivos, parecem ficar mais tempo livres da

depressão que aqueles tratados apenas com antidepressivos e sem psicoterapia. 33

Provavelmente, isso acontece porque os pacientes tratados de forma cognitiva aprenderam

várias ferramentas de enfrentamento para ajudá-los a lidar com qualquer

problema de humor que pudessem enfrentar no futuro.

Caso você queira saber mais sobre pesquisas recentes que comparam a eficácia

dos remédios e a da psicoterapia, pode ler um excelente artigo sobre esse assunto

dos doutores David O. Antonuccio e William G. Danton, da Universidade de

29. Ver nota 28.

30. DOBSON, K. S. A meta-analysis of the efficacy of cognitive therapy for depression. Journal of

Consulting and Clinical Psychology, 57, 3, p. 414-9, 1989.

31. HOLLON, S. D.; BECK, A. T. Cognitive and cognitive behavioral therapies. In: BERGIN, A. E.;

GARFIELD, S. L. (Eds.). Handbook of Psychotherapy and Behavioral Change. Nova York: John

Wiley & Sons, Inc, 1994. Cap. 10. p. 428-66.

32. ROBINSON, L. A.; BERMAN, J. S.; NEIMEYER, R. A. Psychotherapy for the treatment of depression:

Comprehensive review of controlled outcome research. Psychological Bulletin, 108,

p. 30-49, 1990.

33. Ver nota 28.

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