antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)
A resposta é: não necessariamente. Por exemplo, acredita-se que a fobia de sangueseja ao menos parcialmente genética, mas ela quase sempre pode ser tratadade maneira fácil e rápida com a terapia comportamental. O tratamento de escolhapara a maioria das fobias é expor a pessoa à situação que a amedronta e fazer quea enfrente e suporte a ansiedade até que o medo diminua e desapareça. A maioriados pacientes fica tão apavorada que resiste ao tratamento no início, mas quando éconvencida a persistir, o índice de sucesso é extraordinariamente alto.Posso atestar isso pessoalmente. Quando era criança, eu tinha pavor de sangue.Na escola de Medicina, quando chegou a hora de tirarmos sangue do braço dos colegas,fiquei tão desanimado que larguei o curso. No ano seguinte, resolvi trabalharno laboratório de análises clínicas do Hospital Universitário de Stanford para tentarsuperar meu medo. Eles me deram um emprego em que eu não fazia outra coisaa não ser tirar sangue do braço das pessoas o dia inteiro. Nas primeiras vezesisso me deixava muito nervoso, mas depois desses momentos iniciais de ansiedade,acabei me acostumando. Pouco tempo depois, estava adorando meu novo emprego.Isso mostra que pelo menos algumas tendências genéticas podem responder a umtratamento comportamental sem remédios.Para citar um exemplo ainda mais comum, todos nós herdamos uma tendênciaa ter um determinado tipo de corpo. Alguns são geneticamente mais altos ou maisbaixos que os outros. Uns têm uma constituição física maior; outros, menor. Masnossa alimentação e nossos hábitos influem profundamente no tipo de corpo quetemos quando ficamos adultos. Muitos fisiculturistas profissionais eram franzinos etinham vergonha de sua aparência quando eram crianças. Isso motivou-os a ir a umaacademia se exercitar. Esse esforço intenso transformou muitos deles em campeões.Seus genes podem ter influenciado bastante o modo como eles eram ao nascer,mas seu comportamento e determinação acabaram definindo o que eles se tornaram.A recíproca também é verdadeira. Se fosse revelado que a depressão era totalmentecausada pelo ambiente, sem influências genéticas, isso não diminuiria o valorpotencial dos remédios antidepressivos. Por exemplo, se você ficar perto de alguémque está com uma inflamação na garganta causada por estreptococos, pode ficarcom a garganta inflamada, uma vez que essas bactérias serão muito infecciosas. Podemosdizer que as causas da sua inflamação são quase totalmente ambientais e nãogenéticas. Mesmo assim, trataríamos sua inflamação com um antibiótico, e não comterapia comportamental!Com relação à doença maníaco-depressiva bipolar, a resposta é clara. Esse distúrbioparece ter uma causa biológica extremamente forte, e embora ainda não saibamosexatamente qual pode ser essa causa, o tratamento com um estabilizador dohumor como o lítio ou o ácido valproico (Depakene) costuma ser imprescindível.
Outros medicamentos também serão usados durante episódios graves de depressãoou mania. No entanto, uma boa psicoterapia também pode fazer uma grande contribuiçãono tratamento do transtorno bipolar. Na minha experiência, a combinaçãode uma droga como o lítio ou o ácido valproico, junto à terapia cognitiva, tem semostrado bem mais eficaz do que o tratamento realizado apenas com medicamentos.Do ponto de vista prático, a questão que enfrento como clínico é essa: Comoposso tratar melhor cada paciente que esteja sofrendo de depressão, seja qual fora causa? Independentemente de haver ou não uma influência genética, às vezes osremédios podem ajudar, e às vezes a psicoterapia. E, às vezes, uma combinação depsicoterapia e medicamentos antidepressivos parece ser a melhor abordagem.É MELHOR SER TRATADO COM REMÉDIOSOU COM PSICOTERAPIA?Uma série de estudos comparou a eficácia do tratamento com antidepressivosem relação à da terapia cognitiva. 29-32 De um modo geral, esses estudos indicaramque, durante a fase aguda do tratamento, quando os pacientes buscam tratamentopara sua depressão pela primeira vez, os dois métodos parecem funcionar razoavelmentebem. Após a recuperação, o quadro é um pouco diferente. Vários estudosde longo prazo indicam que os pacientes tratados com terapia cognitiva, sozinhaou combinada a medicamentos antidepressivos, parecem ficar mais tempo livres dadepressão que aqueles tratados apenas com antidepressivos e sem psicoterapia. 33Provavelmente, isso acontece porque os pacientes tratados de forma cognitiva aprenderamvárias ferramentas de enfrentamento para ajudá-los a lidar com qualquerproblema de humor que pudessem enfrentar no futuro.Caso você queira saber mais sobre pesquisas recentes que comparam a eficáciados remédios e a da psicoterapia, pode ler um excelente artigo sobre esse assuntodos doutores David O. Antonuccio e William G. Danton, da Universidade de29. Ver nota 28.30. DOBSON, K. S. A meta-analysis of the efficacy of cognitive therapy for depression. Journal ofConsulting and Clinical Psychology, 57, 3, p. 414-9, 1989.31. HOLLON, S. D.; BECK, A. T. Cognitive and cognitive behavioral therapies. In: BERGIN, A. E.;GARFIELD, S. L. (Eds.). Handbook of Psychotherapy and Behavioral Change. Nova York: JohnWiley & Sons, Inc, 1994. Cap. 10. p. 428-66.32. ROBINSON, L. A.; BERMAN, J. S.; NEIMEYER, R. A. Psychotherapy for the treatment of depression:Comprehensive review of controlled outcome research. Psychological Bulletin, 108,p. 30-49, 1990.33. Ver nota 28.
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A resposta é: não necessariamente. Por exemplo, acredita-se que a fobia de sangue
seja ao menos parcialmente genética, mas ela quase sempre pode ser tratada
de maneira fácil e rápida com a terapia comportamental. O tratamento de escolha
para a maioria das fobias é expor a pessoa à situação que a amedronta e fazer que
a enfrente e suporte a ansiedade até que o medo diminua e desapareça. A maioria
dos pacientes fica tão apavorada que resiste ao tratamento no início, mas quando é
convencida a persistir, o índice de sucesso é extraordinariamente alto.
Posso atestar isso pessoalmente. Quando era criança, eu tinha pavor de sangue.
Na escola de Medicina, quando chegou a hora de tirarmos sangue do braço dos colegas,
fiquei tão desanimado que larguei o curso. No ano seguinte, resolvi trabalhar
no laboratório de análises clínicas do Hospital Universitário de Stanford para tentar
superar meu medo. Eles me deram um emprego em que eu não fazia outra coisa
a não ser tirar sangue do braço das pessoas o dia inteiro. Nas primeiras vezes
isso me deixava muito nervoso, mas depois desses momentos iniciais de ansiedade,
acabei me acostumando. Pouco tempo depois, estava adorando meu novo emprego.
Isso mostra que pelo menos algumas tendências genéticas podem responder a um
tratamento comportamental sem remédios.
Para citar um exemplo ainda mais comum, todos nós herdamos uma tendência
a ter um determinado tipo de corpo. Alguns são geneticamente mais altos ou mais
baixos que os outros. Uns têm uma constituição física maior; outros, menor. Mas
nossa alimentação e nossos hábitos influem profundamente no tipo de corpo que
temos quando ficamos adultos. Muitos fisiculturistas profissionais eram franzinos e
tinham vergonha de sua aparência quando eram crianças. Isso motivou-os a ir a uma
academia se exercitar. Esse esforço intenso transformou muitos deles em campeões.
Seus genes podem ter influenciado bastante o modo como eles eram ao nascer,
mas seu comportamento e determinação acabaram definindo o que eles se tornaram.
A recíproca também é verdadeira. Se fosse revelado que a depressão era totalmente
causada pelo ambiente, sem influências genéticas, isso não diminuiria o valor
potencial dos remédios antidepressivos. Por exemplo, se você ficar perto de alguém
que está com uma inflamação na garganta causada por estreptococos, pode ficar
com a garganta inflamada, uma vez que essas bactérias serão muito infecciosas. Podemos
dizer que as causas da sua inflamação são quase totalmente ambientais e não
genéticas. Mesmo assim, trataríamos sua inflamação com um antibiótico, e não com
terapia comportamental!
Com relação à doença maníaco-depressiva bipolar, a resposta é clara. Esse distúrbio
parece ter uma causa biológica extremamente forte, e embora ainda não saibamos
exatamente qual pode ser essa causa, o tratamento com um estabilizador do
humor como o lítio ou o ácido valproico (Depakene) costuma ser imprescindível.