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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Os pesquisadores sabiam que a iproniazida era um inibidor da enzima MAO,

mencionada anteriormente. Portanto, a droga foi classificada como um inibidor da

MAO (IMAO). Vários outros medicamentos que tinham uma estrutura química semelhante

à da iproniazida foram desenvolvidos. Dois deles, a fenelzina (Nardil) e a

tranilcipromina (Parnate), ainda são usados atualmente. Um terceiro IMAO chamado

selegilina (comercializada com o nome de Jumexil) foi aprovado para tratamento

do mal de Parkinson. Esse medicamento também é usado ocasionalmente no tratamento

dos transtornos de humor. Outros IMAOs em uso no exterior podem vir a

ser comercializados nos Estados Unidos.

Os IMAOs já não são mais prescritos com tanta frequência como costumavam

ser. É que eles podem elevar perigosamente a pressão arterial do paciente se forem

combinados a certos alimentos, como queijo. Os IMAOs também podem provocar

intoxicações quando são combinados a certos medicamentos. Por causa desses

riscos, foram desenvolvidos antidepressivos mais modernos e seguros. Essas novas

drogas agem de forma bem diferente dos IMAOs. Mesmo assim, os IMAOs podem

ser extremamente úteis para alguns pacientes com depressão que não respondem a

outros medicamentos, e podem ser usados com segurança se o paciente e o médico

seguirem algumas orientações que descreverei no Capítulo XX.

A descoberta da iproniazida ajudou a inaugurar uma nova era na pesquisa biológica

sobre a depressão. Os cientistas estavam ansiosos para descobrir como os

IMAOs agiam. Sabia-se que os IMAOs impediam a quebra da serotonina, da norepinefrina

e da dopamina, os três mensageiros químicos que se concentram nas regiões

límbicas do cérebro. Os cientistas levantaram a hipótese de que uma deficiência em

uma ou mais delas poderia causar depressão e que as drogas antidepressivas poderiam

agir aumentando os níveis dessas substâncias. Na verdade, foi assim que se

originaram as teorias das aminas biogênicas.

Agora vamos ver o quanto você aprendeu sobre o funcionamento do cérebro.

Observe novamente os Quadros 53 a 55. Quando o neurônio pré-sináptico dispara,

a serotonina é liberada na sinapse. Depois de se ligar a um receptor no neurônio

pós-sináptico, ela retorna ao pré-sináptico, onde é bombeada novamente para dentro

desse neurônio e destruída pela enzima MAO. Agora pergunte-se: O que aconteceria

se impedíssemos a enzima MAO de destruir a serotonina?

Como você provavelmente já adivinhou, haveria um acúmulo de serotonina no

neurônio pré-sináptico, pois esse neurônio está sempre produzindo mais serotonina.

Se ele não conseguisse se livrar dela, a concentração de serotonina nesse neurônio

continuaria a aumentar. Toda vez que o neurônio pré-sináptico disparasse, liberaria

muito mais serotonina do que o normal na região sináptica cheia de líquido. O excesso

de serotonina na sinapse produziria um estímulo maior que o esperado no neurô-

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