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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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pós-sináptico outra vez. Isso poderia causar confusão, pois o neurônio pós-sináptico

pode achar que há um novo sinal e ser estimulado a disparar novamente.

Para resolver esse problema, o neurônio pré-sináptico tem uma bomba em sua

superfície. Quando a serotonina retorna, ela liga-se a um receptor (outra “fechadura”)

na superfície do neurônio pré-sináptico e é bombeada de volta para dentro dele

por um elemento chamado “bomba de membrana” ou “bomba de recaptação”, como

se pode ver no Quadro 55.

Depois que a serotonina é bombeada de volta para dentro, o neurônio pré-sináptico

pode reciclá-la ou destruir o excesso de serotonina se já tiver uma quantidade

suficiente armazenada para o próximo sinal elétrico. Ele destrói a serotonina excedente

por meio de um processo chamado “metabolismo”, que significa transformar

uma substância química em outra substância. Nesse caso, a serotonina é transformada

numa substância que pode ser absorvida pela corrente sanguínea. A enzima

que realiza essa tarefa dentro do neurônio chama-se monoaminoxidase, ou MAO.

A enzima MAO transforma a serotonina numa nova substância química chamada

“ácido 5-hidroxindolacético”, ou 5-HIAA. Esse é outro palavrão, mas você pode pensar

nele como sendo apenas um resíduo da serotonina. O 5-HIAA sai do cérebro,

penetra na corrente sanguínea e vai para os rins. Estes retiram o 5-HIAA do sangue

e o enviam para a bexiga. Por fim, o 5-HIAA é eliminado na urina.

Esse é o fim do ciclo da serotonina. É claro que o neurônio pré-sináptico precisa

continuar a produzir constantemente um novo suprimento de serotonina para ser

usada no disparo neuronal, a fim de que a quantidade total de serotonina nunca se

esgote.

O QUE SAI ERRADO NA DEPRESSÃO?

Antes de mais nada, quero ressaltar novamente que os cientistas ainda não conhecem

a causa da depressão nem de qualquer outro distúrbio psiquiátrico. Há muitas

teorias interessantes, mas nenhuma delas foi comprovada ainda. Um dia, talvez

tenhamos a resposta e recordemos o pensamento dessa época como uma curiosidade

histórica pitoresca. No entanto, a ciência precisa começar por algum lugar, e

as pesquisas sobre o cérebro estão avançando num ritmo avassalador. Sem dúvida,

outras teorias bem diferentes surgirão na próxima década.

As explicações neste capítulo serão bastante simplificadas. O cérebro é imensamente

complexo, e nosso conhecimento sobre o modo como ele funciona ainda

é extremamente primitivo. Há uma vastidão de coisas que não sabemos sobre o

hardware e o software cerebrais. Como o disparo de um neurônio ou de uma série

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