antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)
vamente simples, pois em geral não é difícil determinar quando os indivíduos têmo distúrbio e quando não têm. Além disso, esse distúrbio geralmente manifesta-sebem cedo, sendo que o primeiro episódio costuma ocorrer por volta dos 20 a 25 anosde idade.Por sua vez, o diagnóstico da depressão é bem menos óbvio. Onde termina atristeza normal e começa a depressão clínica? A resposta é um tanto arbitrária, masa decisão terá um grande impacto nos resultados da pesquisa. Outra questão difícilque os pesquisadores genéticos enfrentam é esta: Quanto tempo se deve esperar antesde determinar se uma pessoa desenvolveu ou não uma depressão clínica durantea vida? Suponhamos, por exemplo, que um indivíduo com um forte histórico familiarde depressão morra num acidente de automóvel aos 21 anos anos sem nunca terapresentado qualquer episódio de depressão clínica. Podemos concluir que ele nãoherdou a tendência para a depressão. Mas, se esse indivíduo não tivesse morrido,poderia ter apresentado um episódio de depressão posteriormente, uma vez que o primeiroepisódio de depressão muitas vezes ocorre depois dos 21 anos.Problemas como esse não são insolúveis, mas dificultam a pesquisa genéticasobre a depressão. Na verdade, muitos estudos publicados anteriormente sobre agenética da depressão são bastante falhos e não nos permitem tirar nenhuma conclusãoinequívoca sobre a importância da hereditariedade versus a do ambiente nessedistúrbio. Felizmente, estudos mais sofisticados já estão em andamento, e talveztenhamos melhores respostas para essas perguntas nos próximos cinco a dez anos.A DEPRESSÃO É CAUSADA POR UM“DESEQUILÍBRIO QUÍMICO” DO CÉREBRO?Ao longo dos tempos, o homem sempre procurou as causas da depressão. Atémesmo na Antiguidade, havia uma suspeita de que a melancolia se devesse a umdesequilíbrio na química corporal. Hipócrates (460-377 a.C.) acreditava que a “bilenegra” fosse a culpada. Nos últimos anos, os cientistas encabeçaram uma intensabusca pela elusiva bile negra. Eles tentaram identificar os desequilíbrios na químicacerebral que poderiam causar a depressão. Existem alguns indícios sobre a resposta,porém, mesmo com instrumentos de pesquisa cada vez mais sofisticados, os cientistasainda não descobriram as causas da depressão.Ao menos dois argumentos principais foram propostos para sustentar a ideia deque algum tipo de desequilíbrio químico ou alteração cerebral possa desempenharalgum papel na depressão clínica. Em primeiro lugar, os sintomas físicos (somáticos)de depressão grave sustentam a ideia de que possa haver alterações orgânicas envolvidas.Esses sintomas físicos incluem agitação (maior atividade do sistema nervoso,
como andar de um lado para o outro ou retorcer as mãos) ou enorme fadiga (apatiasem movimento ‒ você se sente como uma tonelada de tijolos e não faz nada). Vocêtambém pode sofrer uma variação “diurna” no seu humor, isto é, os sintomas da depressãopioram pela manhã e vão melhorando ao longo do dia. Outros sintomasfísicos da depressão incluem perturbações do sono (a insônia é a mais comum),prisão de ventre, mudanças no apetite (que geralmente diminui, às vezes aumenta),dificuldade de concentração e perda de interesse sexual. Como esses sintomasde depressão são “sentidos” fisicamente, há uma tendência a achar que as causas da depressãosão físicas.Um segundo argumento para uma causa fisiológica da depressão é que ao menosalguns transtornos de humor parecem ocorrer em famílias, sugerindo uma influênciade fatores genéticos. Se existe uma anomalia hereditária que predisponhacertos indivíduos à depressão, esta pode se manifestar na forma de um distúrbio naquímica corporal, como ocorre com tantas doenças genéticas.O argumento genético é interessante, mas os dados não são conclusivos. Asevidências da influência genética na doença maníaco-depressiva bipolar são bemmais fortes do que as da influência genética nas formas mais comuns de depressãoque afligem a maioria das pessoas. Além disso, muitos fatores que não apresentamcausas genéticas ocorrem em famílias. Por exemplo, nos Estados Unidos as famíliasquase sempre falam inglês, e no México as famílias quase sempre falam espanhol.Podemos dizer que a tendência a falar um certo idioma também é algo que ocorreem famílias, mas o idioma que você fala é aprendido e não herdado.Isso não significa que estou desconsiderando a importância dos fatores genéticos.Estudos recentes com gêmeos idênticos que foram separados no nascimento ecresceram em famílias diferentes demonstram que muitos traços que acreditamosserem aprendidos são, na verdade, herdados. Até mesmo traços de personalidadecomo a tendência à timidez ou à sociabilidade parecem ser parcialmente hereditários.Certas preferências pessoais, como gostar de sorvete de um determinado sabor,também podem ser fortemente influenciadas pelos nossos genes. Parece plausívelque possamos herdar também uma tendência a ver as coisas de forma positiva e otimista,ou de forma negativa e triste. Muitas outras pesquisas serão necessárias paraesclarecer essa possibilidade.COMO FUNCIONA O CÉREBRO?O cérebro é, essencialmente, um sistema elétrico que se assemelha de certa formaa um computador. Cada parte do cérebro é especializada em um tipo de funçãodiferente. Por exemplo, a camada mais superficial do cérebro localizada na parte de
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como andar de um lado para o outro ou retorcer as mãos) ou enorme fadiga (apatia
sem movimento ‒ você se sente como uma tonelada de tijolos e não faz nada). Você
também pode sofrer uma variação “diurna” no seu humor, isto é, os sintomas da depressão
pioram pela manhã e vão melhorando ao longo do dia. Outros sintomas
físicos da depressão incluem perturbações do sono (a insônia é a mais comum),
prisão de ventre, mudanças no apetite (que geralmente diminui, às vezes aumenta),
dificuldade de concentração e perda de interesse sexual. Como esses sintomas
de depressão são “sentidos” fisicamente, há uma tendência a achar que as causas da depressão
são físicas.
Um segundo argumento para uma causa fisiológica da depressão é que ao menos
alguns transtornos de humor parecem ocorrer em famílias, sugerindo uma influência
de fatores genéticos. Se existe uma anomalia hereditária que predisponha
certos indivíduos à depressão, esta pode se manifestar na forma de um distúrbio na
química corporal, como ocorre com tantas doenças genéticas.
O argumento genético é interessante, mas os dados não são conclusivos. As
evidências da influência genética na doença maníaco-depressiva bipolar são bem
mais fortes do que as da influência genética nas formas mais comuns de depressão
que afligem a maioria das pessoas. Além disso, muitos fatores que não apresentam
causas genéticas ocorrem em famílias. Por exemplo, nos Estados Unidos as famílias
quase sempre falam inglês, e no México as famílias quase sempre falam espanhol.
Podemos dizer que a tendência a falar um certo idioma também é algo que ocorre
em famílias, mas o idioma que você fala é aprendido e não herdado.
Isso não significa que estou desconsiderando a importância dos fatores genéticos.
Estudos recentes com gêmeos idênticos que foram separados no nascimento e
cresceram em famílias diferentes demonstram que muitos traços que acreditamos
serem aprendidos são, na verdade, herdados. Até mesmo traços de personalidade
como a tendência à timidez ou à sociabilidade parecem ser parcialmente hereditários.
Certas preferências pessoais, como gostar de sorvete de um determinado sabor,
também podem ser fortemente influenciadas pelos nossos genes. Parece plausível
que possamos herdar também uma tendência a ver as coisas de forma positiva e otimista,
ou de forma negativa e triste. Muitas outras pesquisas serão necessárias para
esclarecer essa possibilidade.
COMO FUNCIONA O CÉREBRO?
O cérebro é, essencialmente, um sistema elétrico que se assemelha de certa forma
a um computador. Cada parte do cérebro é especializada em um tipo de função
diferente. Por exemplo, a camada mais superficial do cérebro localizada na parte de