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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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As respostas para as perguntas sobre o tratamento também são pouco claras.

Quais pacientes devem ser tratados com medicamentos? Quais pacientes precisam

de psicoterapia? A combinação dos dois tipos é melhor do que um único tratamento

isolado? Você verá que as respostas para perguntas tão fundamentais são mais controversas

do que se poderia esperar.

Neste capítulo, eu abordo essas questões. Discuto se a depressão é mais causada

pela biologia (natureza) ou pelo ambiente (criação). Explico como o cérebro funciona,

e analiso as evidências de que a depressão possa ser causada por um desequilíbrio

químico do cérebro. Também descrevo como os antidepressivos tentam corrigir

esse desequilíbrio.

No Capítulo XVIII, discuto o “problema mente-corpo” e falo sobre as atuais controvérsias

quanto aos tratamentos que afetam a “mente” (por exemplo, a terapia

cognitiva) versus aqueles que afetam o “corpo” (por exemplo, os antidepressivos).

Nos Capítulos XIX e XX, fornecerei informações práticas sobre todos os medicamentos

antidepressivos que são prescritos atualmente para problemas de humor.

QUEM TEM UM PAPEL MAIS IMPORTANTE

NA DEPRESSÃO ‒ AS INFLUÊNCIAS

GENÉTICAS OU AMBIENTAIS?

Embora muitas pesquisas ainda estejam sendo conduzidas para tentar esclarecer

a relação de forças existente entre as influências genéticas e ambientais sobre

a depressão, os cientistas ainda não sabem quais são as mais importantes. No que

diz respeito à doença bipolar (maníaco-depressiva), as evidências são muito fortes:

os fatores genéticos parecem ter um papel preponderante. Por exemplo, se um

de dois gêmeos idênticos desenvolve uma doença maníaco-depressiva bipolar, há

uma grande probabilidade de que o outro também desenvolva esse distúrbio (de

50% a 75%). Por outro lado, quando um de dois gêmeos não idênticos desenvolve

uma doença bipolar (maníaco-depressiva), as chances de que o outro desenvolva a

mesma doença são menores (de 15% a 25%). As possibilidades de desenvolver uma

doença bipolar se um dos pais ou um irmão que não seja gêmeo tiver esse distúrbio

são de aproximadamente 10%. Todas essas probabilidades são bem mais altas do que

a de um indivíduo qualquer desenvolver doença bipolar ‒ o risco ao longo da vida é

inferior a 1%.

Lembre-se de que os gêmeos idênticos possuem genes idênticos, enquanto os

não idênticos compartilham apenas a metade dos seus genes. Provavelmente é por

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