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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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outro podem realmente ser maiores. Se você considerar que existe um grande número

de antidepressivos, intervenções psicoterapêuticas e técnicas de autoajuda eficazes,

a probabilidade de uma eventual recuperação torna-se extremamente alta.

Quando está deprimido, às vezes você tende a confundir sentimentos com fatos.

Sua falta de esperança e a sensação de total desespero são apenas sintomas do transtorno

depressivo, e não fatos. Se você acha que é um “caso perdido”, naturalmente

vai sentir-se assim. Seus sentimentos apenas acompanham o padrão irracional do

seu pensamento. Só um especialista, que já tratou centenas de pessoas deprimidas,

teria condições de oferecer um prognóstico satisfatório de recuperação. Seu impulso

suicida indica apenas que você precisa de tratamento. Portanto, sua convicção de

que é um “caso perdido” quase sempre prova que não é. O indicado é a terapia, não

o suicídio. Embora não se deva generalizar, deixo me guiar pela seguinte regra: os

pacientes que se consideram um caso perdido nunca são realmente casos perdidos.

Essa convicção é um dos aspectos mais curiosos do transtorno depressivo. Na

verdade, a falta de esperança sentida pelos pacientes com depressão grave que apresentam

um excelente prognóstico costuma ser maior do que a de pacientes de câncer

terminal com prognóstico ruim. É de grande importância revelar a falta de lógica

por trás desse sentimento o mais rápido possível, a fim de evitar uma tentativa real

de suicídio. Talvez você esteja convicto de ter um problema insolúvel na sua vida.

Talvez sinta-se preso numa armadilha da qual não existe saída. Isso pode levar a

uma enorme frustração e até ao impulso de se matar como sendo a única saída. No

entanto, quando confronto um paciente sobre exatamente em que tipo de armadilha

ele se encontra, e me concentro no “problema insolúvel” da pessoa, invariavelmente

descubro que o paciente está iludido. Nessa situação, você é como um mágico malvado,

e cria uma ilusão infernal com a magia da sua mente. Seus pensamentos suicidas

são falsos, distorcidos e irracionais. São os seus pensamentos deturpados e as suas

suposições equivocadas, e não a realidade, que causam o seu sofrimento. Quando

aprender a olhar por trás dos espelhos, verá que está enganando a si mesmo, e seu

impulso suicida irá desaparecer.

Seria ingênuo dizer que as pessoas deprimidas e os suicidas nunca têm problemas

“reais”. Todos nós temos problemas reais, sejam financeiros, de saúde, de relacionamento

etc. Mas essas dificuldades quase sempre podem ser superadas de forma

sensata, sem o suicídio. Na verdade, enfrentar esses desafios pode ser uma forma de

melhorar o humor e promover um crescimento pessoal. Além disso, como ressaltado

no Capítulo IX, problemas reais nunca podem deprimi-lo, por menores que

sejam. Somente pensamentos distorcidos podem roubar suas esperanças ou sua

autoestima. Nunca vi um paciente deprimido com um problema “real” que fosse tão

“completamente insolúvel” a ponto de lhe indicar o suicídio.

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