antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)
David: Bem, você pode ver como as coisas rolam durante um tempo, e talvezdescubra que ir a um curso de verão e fazer uma contribuição a estemundo, encontrar amigos e se envolver em atividades, fazer seu trabalhoe tirar boas notas, experimentar uma sensação de conquista e prazerpor fazer o que pode ‒ tudo isso pode não ser satisfatório para você, etalvez conclua “Putz, a depressão era melhor” e “Eu não gosto de serfeliz”. Talvez diga “Putz, eu não gosto de me envolver nas coisas”. Se issofor verdade, você sempre pode voltar a ficar deprimida e sem esperança.Não vou tirar nada de você. Mas não despreze a felicidade antes detentar. Faça o teste. Descubra como é a vida quando você se envolve e seempenha. Então veremos no que vai dar.Mais uma vez, Holly sentiu um alívio emocional considerável ao perceber, pelomenos em parte, que sua forte convicção de que o mundo não tinha nada de bom ede que não valia a pena viver era apenas resultado de sua forma irracional de ver ascoisas. Ela estava cometendo o erro de se concentrar apenas nos pontos negativos(o filtro mental) e insistindo arbitrariamente que as coisas positivas do mundo nãocontavam (desqualificar os pontos positivos). Consequentemente, tinha a impressãode que tudo era negativo e não valia a pena viver. Quando aprendeu a corrigiresse erro do seu pensamento, começou a se sentir um pouco melhor. Embora continuassea ter muitos altos e baixos, a frequência e a gravidade das suas oscilaçõesde humor diminuíram com o tempo. Ela fez um trabalho tão bom em seu curso deverão que foi aceita como aluna numa das faculdades mais importantes do país nosegundo semestre. Embora fizesse muitas previsões pessimistas de que seria reprovadapor não ter capacidade para o meio acadêmico, para sua grande surpresa Hollysaiu-se excepcionalmente bem nas aulas. Quando aprendeu a transformar sua intensanegatividade numa atividade produtiva, ela tornou-se uma das melhores alunas.Nossos caminhos se separaram menos de um ano depois do início de nossassessões semanais. No meio de uma discussão, ela saiu do consultório, bateu a portae jurou nunca mais voltar. Pode ser que não conhecesse nenhuma outra forma dedizer adeus. Acho que sentia que estava pronta para tentar fazer as coisas por contaprópria. Talvez finalmente tenha se cansado de tentar me derrotar; afinal, eu eratão teimoso quanto ela! Holly me ligou recentemente para contar como estavam ascoisas. Embora ainda sofra com seus humores às vezes, hoje ela está no último ano eé a primeira da turma. Seu sonho de fazer pós-graduação e seguir uma carreira profissionalparece ser uma certeza. Deus a abençoe, Holly!O pensamento de Holly apresenta muitas das armadilhas mentais que podemlevar a um impulso suicida. Quase todos os pacientes suicidas têm em comum um
senso irracional de desespero e a convicção de estar enfrentando um dilema semsolução. Uma vez que revelar as distorções em seu pensamento, você sentirá umalívio emocional considerável. Isso pode lhe dar um motivo para ter esperança eajudá-lo a evitar uma perigosa tentativa de suicídio. Além disso, o alívio emocionalpode lhe dar um certo fôlego para que possa continuar a fazer mudanças significativasem sua vida.Pode ser que você ache difícil se identificar com uma adolescente turbulentacomo Holly, então vamos dar uma rápida olhada em outra das causas mais comunsde pensamentos e tentativas de suicídio ‒ a sensação de desilusão e desespero que àsvezes nos atinge na meia-idade ou na velhice. Ao rever o passado, talvez você concluaque não realizou muita coisa na vida, em comparação com os sonhos que tinhana juventude. Isso tem sido chamado de crise da meia-idade ‒ aquele estágio em quevocê reflete sobre o que fez de fato com a sua vida, comparado às suas esperanças eplanos. Se não conseguir resolver essa crise, pode sentir uma amargura tão intensae uma decepção tão profunda que acabe tentando suicídio. Mais uma vez, revela-seque o problema tem pouco ou nada a ver com a realidade. Em vez disso, seu distúrbiobaseia-se num pensamento distorcido.Louise era uma mulher casada na faixa dos 50 anos que havia emigrado da Europapara os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Sua família trouxe-aao meu consultório um dia, após ter recebido alta de uma unidade de tratamentointensivo onde fora internada por causa de uma tentativa de suicídio quase bem-sucedidae totalmente inesperada. A família não sabia que ela vinha sofrendo de umagrave depressão, portanto sua súbita tentativa de suicídio foi uma surpresa total.Quando falei com Louise, ela me contou amargurada que não estava feliz com suavida. Nunca havia sentido a alegria e satisfação com que sonhava quando era moça:queixava-se de uma sensação de incompetência e estava convencida de que era umfracasso como ser humano. Ela me disse que não havia realizado nada de importantee concluiu que não valia a pena viver.Como senti que era necessária uma intervenção rápida para evitar uma segundatentativa de suicídio, usei técnicas cognitivas para demonstrar a ela o mais rápidopossível a falta de lógica do que estava dizendo a si mesma. Primeiro, pedi a ela parame entregar uma lista das coisas que havia realizado na vida para colocar à prova suacrença de que não havia tido êxito em nada de importante.Louise: Bem, eu ajudei minha família a fugir do terrorismo nazista e se estabelecerneste país durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, aprendia falar várias línguas fluentemente ‒ cinco ‒ quando era criança. Quandocheguei aos Estados Unidos, sujeitei-me a um emprego desagradávelpara que minha família tivesse dinheiro suficiente. Meu marido e eu
- Page 358 and 359: David: Não! Podemos continuar send
- Page 360 and 361: Você é a torrada queimada; eu sou
- Page 362 and 363: Espero que você tenha mesmo “des
- Page 364 and 365: É tão generalizado que não possu
- Page 366 and 367: sível medir nem mudar isso, você
- Page 368 and 369: que seus amigos e fãs também o vi
- Page 370 and 371: anotar seu nível de satisfação p
- Page 372 and 373: mundo; ela promete riqueza e só ca
- Page 374 and 375: de 200 ou 300 m sem ter de parar e
- Page 376 and 377: incrível irá acontecer. Vamos ana
- Page 378 and 379: Vamos usar um exemplo simples. Supo
- Page 380 and 381: QUADRO 48Fred usou o método da set
- Page 382 and 383: acaba se formando com nota máxima
- Page 384 and 385: liosa. Minha forma de negociar deix
- Page 386 and 387: cando a nós mesmos. Quanto mais te
- Page 388 and 389: Após reconhecer que o pensamento
- Page 390 and 391: David: Detesto desapontá-lo, mas i
- Page 392 and 393: 14.Um outro método de superar o pe
- Page 395: PARTEVDERROTAR AFALTA DE ESPERANÇA
- Page 398 and 399: propensos a oscilações de humor t
- Page 400 and 401: “Doutor, toda noite, quando vou d
- Page 402 and 403: Holly era uma moça de 19 anos que
- Page 404 and 405: depressão ou qualquer outra. Além
- Page 406 and 407: Holly: Não dá para corrigir nada
- Page 410 and 411: criamos um excelente rapaz, que foi
- Page 412 and 413: outro podem realmente ser maiores.
- Page 415 and 416: XVICOMO PRATICO AQUILO QUE PREGOCAP
- Page 417 and 418: LIDAR COM A HOSTILIDADE:O HOMEM QUE
- Page 419 and 420: QUADRO 50Lidar com a hostilidadePen
- Page 421 and 422: Quando chegou para sua próxima ses
- Page 423 and 424: Estou esgotada, como se fosse uma l
- Page 425: VIIA QUÍMICA DO HUMORPARTE
- Page 428 and 429: As respostas para as perguntas sobr
- Page 430 and 431: vamente simples, pois em geral não
- Page 432 and 433: trás da cabeça é chamada de “c
- Page 434 and 435: -sináptico. Esse sinal avisa ao ne
- Page 436 and 437: pós-sináptico outra vez. Isso pod
- Page 438 and 439: receptores demais, isso poderia ter
- Page 440 and 441: um bando de lobos famintos se aprox
- Page 442 and 443: nio pós-sináptico. Isso seria o e
- Page 444 and 445: ceptores existentes na superfície
- Page 446 and 447: são prescritos atualmente nos Esta
- Page 448 and 449: Embora desativem o sistema seroton
- Page 451 and 452: XVIIIO PROBLEMA MENTE-CORPOCAPÍTUL
- Page 453 and 454: rapia podem ter efeitos semelhantes
- Page 455 and 456: coterapia, e os pacientes da terapi
- Page 457 and 458: Outros medicamentos também serão
David: Bem, você pode ver como as coisas rolam durante um tempo, e talvez
descubra que ir a um curso de verão e fazer uma contribuição a este
mundo, encontrar amigos e se envolver em atividades, fazer seu trabalho
e tirar boas notas, experimentar uma sensação de conquista e prazer
por fazer o que pode ‒ tudo isso pode não ser satisfatório para você, e
talvez conclua “Putz, a depressão era melhor” e “Eu não gosto de ser
feliz”. Talvez diga “Putz, eu não gosto de me envolver nas coisas”. Se isso
for verdade, você sempre pode voltar a ficar deprimida e sem esperança.
Não vou tirar nada de você. Mas não despreze a felicidade antes de
tentar. Faça o teste. Descubra como é a vida quando você se envolve e se
empenha. Então veremos no que vai dar.
Mais uma vez, Holly sentiu um alívio emocional considerável ao perceber, pelo
menos em parte, que sua forte convicção de que o mundo não tinha nada de bom e
de que não valia a pena viver era apenas resultado de sua forma irracional de ver as
coisas. Ela estava cometendo o erro de se concentrar apenas nos pontos negativos
(o filtro mental) e insistindo arbitrariamente que as coisas positivas do mundo não
contavam (desqualificar os pontos positivos). Consequentemente, tinha a impressão
de que tudo era negativo e não valia a pena viver. Quando aprendeu a corrigir
esse erro do seu pensamento, começou a se sentir um pouco melhor. Embora continuasse
a ter muitos altos e baixos, a frequência e a gravidade das suas oscilações
de humor diminuíram com o tempo. Ela fez um trabalho tão bom em seu curso de
verão que foi aceita como aluna numa das faculdades mais importantes do país no
segundo semestre. Embora fizesse muitas previsões pessimistas de que seria reprovada
por não ter capacidade para o meio acadêmico, para sua grande surpresa Holly
saiu-se excepcionalmente bem nas aulas. Quando aprendeu a transformar sua intensa
negatividade numa atividade produtiva, ela tornou-se uma das melhores alunas.
Nossos caminhos se separaram menos de um ano depois do início de nossas
sessões semanais. No meio de uma discussão, ela saiu do consultório, bateu a porta
e jurou nunca mais voltar. Pode ser que não conhecesse nenhuma outra forma de
dizer adeus. Acho que sentia que estava pronta para tentar fazer as coisas por conta
própria. Talvez finalmente tenha se cansado de tentar me derrotar; afinal, eu era
tão teimoso quanto ela! Holly me ligou recentemente para contar como estavam as
coisas. Embora ainda sofra com seus humores às vezes, hoje ela está no último ano e
é a primeira da turma. Seu sonho de fazer pós-graduação e seguir uma carreira profissional
parece ser uma certeza. Deus a abençoe, Holly!
O pensamento de Holly apresenta muitas das armadilhas mentais que podem
levar a um impulso suicida. Quase todos os pacientes suicidas têm em comum um