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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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QUADRO 48

Fred usou o método da seta vertical para descobrir a origem

de seus temores em relação a entregar um trabalho “imperfeito” numa aula.

Isso ajudou a aliviar parte do terror que ele estava sentindo.

A pergunta ao lado de cada seta vertical representa o que Fred perguntou a si mesmo

a fim de descobrir o próximo pensamento automático a um nível mais profundo.

Removendo as camadas desse modo, ele conseguiu revelar os pressupostos silenciosos

que representavam a origem e a raiz do seu perfeccionismo (ver texto).

Pensamentos automáticos

1. Eu não fiz um excelente trabalho de

conclusão.

“Se isso fosse verdade, por que

seria um problema para mim?”

2. O professor vai perceber todos os erros

de digitação e os capítulos fracos.

“E por que isso seria um problema?”

3. Ele vai achar que eu não dei importância.

“Vamos supor que ache. E daí?”

4. Eu vou decepcioná-lo.

“Se fosse mesmo verdade e ele se

sentisse assim, por que isso me

incomodaria?”

5. Vou tirar D ou E no trabalho.

“Vamos supor que tirasse ‒ e daí?”

6. Isso iria arruinar a minha carreira

acadêmica.

“E o que aconteceria, então?”

7. Isso significaria que eu não sou o tipo

de aluno que deveria ser.

“Por que isso me incomodaria?”

8. As pessoas vão ficar bravas comigo. Eu

serei um fracasso.

“E se elas ficassem mesmo bravas e

eu fosse mesmo um fracasso? Por

que isso seria assim tão terrível?”

9. Então eu seria excluído e ficaria sozinho.

“E daí?”

10. Se eu ficar sozinho, estou condenado a

ser infeliz.

Respostas racionais

1. Pensamento “tudo ou nada”. O trabalho ficou muito bom,

apesar de não estar perfeito.

2. Filtro mental. Provavelmente ele vai perceber os erros, mas irá

ler o trabalho inteiro. Alguns capítulos ficaram muito bons.

3. Ler pensamentos. Eu não sei se ele vai pensar isso. Se pensasse,

não seria o fim do mundo. Tem muito aluno que não se

importa com os seus trabalhos. Além do mais, eu realmente

me importo, então se ele pensasse isso estaria errado.

4. Pensamento “tudo ou nada”; adivinhar o futuro. Não posso

agradar todo mundo o tempo todo. Ele gostou da maioria dos

meus trabalhos. Vai sobreviver se ficar decepcionado com

este.

5. Raciocínio emocional; adivinhar o futuro. Eu me sinto assim

porque estou chateado. Mas não posso prever o futuro.

Talvez tire B ou C, mas D ou E não é muito provável.

6. Pensamento “tudo ou nada”; adivinhar o futuro. Outras pessoas

fazem besteira às vezes, e isso não parece arruinar a vida delas.

Por que não posso fazer uma besteira de vez em quando?

7. Cobrança. Quem inventou essa regra de que eu “deveria” ser

de uma determinada maneira sempre? Quem disse que estou

predestinado e moralmente obrigado a viver segundo um

determinado critério?

8. Adivinhar o futuro. Se alguém está bravo comigo, o problema

é dele. Não posso ficar agradando as pessoas o tempo

todo ‒ é muito desgastante. Minha vida fica tensa, rígida,

restrita, e vira uma bagunça. Talvez seja melhor eu definir

meus próprios critérios e correr o risco de alguém ficar

bravo comigo. Se eu não for bem no trabalho, com certeza

isso não vai fazer de mim “UM FRACASSO”.

9. Adivinhar o futuro. Ninguém vai me excluir!

10. Desqualificar os pontos positivos. Alguns dos melhores

momentos que tive ocorreram quando estava sozinho.

Minha “infelicidade” não tem nada a ver com o fato de estar

sozinho ‒ ela vem do medo da desaprovação e de ficar me

cobrando por não atender a critérios perfeccionistas.

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