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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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podem se tornar extremamente desgastantes. Um advogado com esse distúrbio brutal

ficou preocupado com a aparência do seu cabelo. Todos os dias, ele passava horas

diante do espelho com um pente e uma tesoura, tentando corrigir imperfeições.

Ficava tão envolvido naquilo que precisou diminuir suas atividades jurídicas para

que pudesse ter mais tempo de mexer no cabelo. A cada dia seu cabelo ficava mais

curto, devido à sua fúria de apará-lo. Acabou ficando com menos de meio centímetro

de comprimento na cabeça toda. Aí ele ficou preocupado em igualar o contorno

do cabelo sobre a testa, e começou a raspá-lo para que ficasse “em ordem”. A cada dia

o contorno do cabelo ia mais para trás, até que raspou tudo e acabou ficando totalmente

careca! Então sentiu-se aliviado e deixou crescer tudo outra vez, esperando

que crescesse “por igual”. Assim que o cabelo crescesse, ele começaria a apará-lo de

novo e o ciclo inteiro se repetiria. Essa rotina absurda continuou durante anos e o

deixou bastante incapacitado.

O caso dele pode parecer extremo, mas não pode ser considerado grave. Existem

formas bem piores do distúrbio. Embora os hábitos estranhos das vítimas possam

parecer absurdos, os efeitos são trágicos. Assim como os alcoólatras, esses indivíduos

podem sacrificar a carreira e a família por causa de suas lastimáveis compulsões.

Você também pode estar pagando um preço muito alto pelo seu perfeccionismo.

O que motiva essas pessoas tão exigentes e controladoras? Elas são loucas? Geralmente

não. O que faz que fiquem presas a essa busca insensata pela perfeição é o

medo. No momento em que tentam parar o que estão fazendo, elas são tomadas por

uma forte inquietação que se transforma rapidamente em puro terror. Isso leva-as

de volta ao seu ritual compulsivo numa tentativa patética de encontrar alívio. Querer

que desistam de seu perfeccionismo maligno é como tentar convencer um homem

segurando-se pelos dedos à beira de um precipício a se soltar.

Talvez você já tenha percebido em si mesmo alguma tendência compulsiva de

nível bem menos grave. Já ficou procurando incansavelmente algum objeto importante,

como uma caneta ou uma chave que pôs no lugar errado, quando sabia que

era melhor deixar para lá e esperar até que aparecesse? Você faz isso porque é difícil

parar. Quando tenta, fica incomodado e nervoso. Por algum motivo, você “sente-se

mal” sem o objeto perdido, como se todo o sentido da sua vida estivesse em risco!

Um método para enfrentar e dominar esse medo é chamado de “prevenção de

resposta”. O princípio básico é simples e óbvio. Você se recusa a ceder ao hábito

perfeccionista e se deixa invadir pelo medo e pelo desconforto. Resiste obstinadamente

e não cede de jeito nenhum, por mais que isso o incomode. Aguenta firme

e permite que a sua irritação atinja o nível máximo. Depois de algum tempo, a

compulsão começará a diminuir até desaparecer completamente. Quando chegar

a esse ponto ‒ o que pode levar várias horas ou apenas dez a quinze minutos ‒ você

conseguiu! Derrotou o seu hábito compulsivo.

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