antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

adilio.mouracosta
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13.08.2023 Views

É tão generalizado que não possui nenhum sentido concreto na prática. Tambémnão é um conceito útil nem enriquecedor. É simplesmente autodestrutivo. Não fazbem algum a você. Só causa sofrimento e infelicidade. Portanto, livre-se imediatamentede qualquer pretensão de ser “valoroso”, e você nunca precisará comparar-senovamente nem terá medo de ser uma pessoa “sem valor”.Perceba que “valoroso” e “sem valor” são apenas conceitos vazios quando aplicadosa um ser humano. Assim como o conceito do seu “verdadeiro eu”, o seu “valorpessoal” é só uma conversa fiada sem sentido. Jogue o seu “valor” no lixo! (Podecolocar o seu “verdadeiro eu” lá dentro também, se quiser.) Você vai descobrir quenão tem nada a perder! Depois pode se concentrar em viver aqui e agora. Que problemasvocê enfrenta na vida? Como vai lidar com eles? É isso que importa, não amiragem fugaz do “valor”.Você pode estar com receio de abrir mão do seu “eu” ou do seu “valor”. Do quevocê tem medo? Que coisa terrível vai acontecer? Nada! O diálogo imaginário aseguir pode ajudar a esclarecer isso. Vamos presumir que eu seja uma pessoa semvalor. Quero que você esfregue isso na minha cara e tente fazer que eu me aborreça.Você: Burns, você não tem valor!David: É claro que não tenho valor. Concordo plenamente. Sei que não há nadaem mim que me torne “valoroso”. Amor, aprovação e realizações nãopodem me trazer “valor” algum, por isso vou aceitar o fato de que não tenhonenhum! Há algum problema nisso? Algo de ruim vai acontecer comigo,agora?Você: Bom, você deve ficar infeliz! Afinal, não tem “nada de bom”.David: Suponhamos que eu não tenha “nada de bom”, e daí? Por que, especificamente,eu devo ficar infeliz? “Não ter valor” me coloca em desvantagemde alguma forma?Você: Bom, como pode ter respeito por si mesmo? Como alguém poderia respeitá-lo?Você é simplesmente desprezível!David: Você pode me achar desprezível, mas eu tenho respeito por mim mesmo,assim como muitas outras pessoas. Não vejo motivo para não me respeitar.Você pode não me respeitar, mas não vejo isso como um problema.Você: Mas pessoas sem valor não podem ser felizes nem se divertir. Você deveriaser uma pessoa deprimida e mesquinha. Meu grupo de especialistasse reuniu e determinou que você é um zero à esquerda.David: Então, vamos ligar e avisar aos jornais. Já estou vendo a manchete: “Descobertomédico da Filadélfia sem valor”. Se eu sou mesmo tão ruimassim, fico mais tranquilo, pois já não tenho nada a perder. Posso viver

minha vida sossegado. Além do mais, eu sou feliz e estou me divertindo,portanto ser um “zero à esquerda” não pode ser tão ruim. Meu lema é“Não ter valor é um favor!”. Na verdade, estou pensando em mandarfazer uma camiseta assim. No entanto, pode ser que eu esteja perdendoalguma coisa. Aparentemente, você tem valor e eu não. O que esse “valor”lhe traz de bom? Ele o torna melhor do que pessoas como eu, oucoisa assim?Talvez você se pergunte: “Se eu parasse de acreditar que o sucesso aumenta omeu valor pessoal, de que adiantaria fazer qualquer coisa?” Se você ficar na camao dia todo, a probabilidade de encontrar alguma coisa ou alguém capaz de alegrar oseu dia é muito pequena. Além disso, você pode ter imensas alegrias no dia a diaque independem totalmente de qualquer conceito de valor pessoal. Por exemplo, eume sinto muito empolgado enquanto estou escrevendo isso, mas não por acreditarque o fato de escrever me faz ter mais valor que os outros. O entusiasmo vem doprocesso criativo, de costurar as ideias, editar, ver frases capengas ganharem formae imaginar como você vai reagir ao ler isso. Esse processo é uma excitante aventura.Ter envolvimento, comprometimento e correr riscos pode ser muito estimulante. Nomeu modo de pensar, isso já compensa.Você também pode se perguntar: “Qual é o propósito e o sentido da vida sem umconceito de valor?” É simples. Em vez de se agarrar ao “valor”, aspire por satisfação,prazer, aprendizado, maestria, crescimento pessoal e comunicação com os outrostodos os dias de sua vida. Defina metas realistas para si mesmo e se esforce paraatingi-las. Acredito que vai achar isso tão extremamente gratificante que se esquecerácompletamente do “valor”, que em última análise vale tanto quanto ouro de tolo.“Mas eu sou uma pessoa humanista ou espiritualizada”, você pode argumentar.“Sempre me ensinaram que todas as pessoas têm valor, e não quero deixar de acreditarnisso.” Muito bem, se você prefere ver as coisas dessa forma, vou concordarcom você, e isso nos leva ao segundo caminho para a autoestima. Reconhecer quetodo mundo tem uma “unidade de valor” desde a hora em que nasce até a hora emque morre. Quando criança você não pode fazer muita coisa, mesmo assim é preciosoe tem valor. E quando está velho ou doente, descansando ou dormindo, ousimplesmente “sem fazer nada”, continua tendo “valor”. A sua “unidade de valor” nãopode ser medida, nunca muda e é igual para todos. Ao longo da sua vida, você podeaumentar sua felicidade e satisfação por meio de uma vida produtiva, ou pode agirde maneira destrutiva e se tornar infeliz. Mas a sua “unidade de valor” está sempreali, juntamente ao seu potencial de alegria e autoestima. Uma vez que não é pos­

minha vida sossegado. Além do mais, eu sou feliz e estou me divertindo,

portanto ser um “zero à esquerda” não pode ser tão ruim. Meu lema é

“Não ter valor é um favor!”. Na verdade, estou pensando em mandar

fazer uma camiseta assim. No entanto, pode ser que eu esteja perdendo

alguma coisa. Aparentemente, você tem valor e eu não. O que esse “valor”

lhe traz de bom? Ele o torna melhor do que pessoas como eu, ou

coisa assim?

Talvez você se pergunte: “Se eu parasse de acreditar que o sucesso aumenta o

meu valor pessoal, de que adiantaria fazer qualquer coisa?” Se você ficar na cama

o dia todo, a probabilidade de encontrar alguma coisa ou alguém capaz de alegrar o

seu dia é muito pequena. Além disso, você pode ter imensas alegrias no dia a dia

que independem totalmente de qualquer conceito de valor pessoal. Por exemplo, eu

me sinto muito empolgado enquanto estou escrevendo isso, mas não por acreditar

que o fato de escrever me faz ter mais valor que os outros. O entusiasmo vem do

processo criativo, de costurar as ideias, editar, ver frases capengas ganharem forma

e imaginar como você vai reagir ao ler isso. Esse processo é uma excitante aventura.

Ter envolvimento, comprometimento e correr riscos pode ser muito estimulante. No

meu modo de pensar, isso já compensa.

Você também pode se perguntar: “Qual é o propósito e o sentido da vida sem um

conceito de valor?” É simples. Em vez de se agarrar ao “valor”, aspire por satisfação,

prazer, aprendizado, maestria, crescimento pessoal e comunicação com os outros

todos os dias de sua vida. Defina metas realistas para si mesmo e se esforce para

atingi-las. Acredito que vai achar isso tão extremamente gratificante que se esquecerá

completamente do “valor”, que em última análise vale tanto quanto ouro de tolo.

“Mas eu sou uma pessoa humanista ou espiritualizada”, você pode argumentar.

“Sempre me ensinaram que todas as pessoas têm valor, e não quero deixar de acreditar

nisso.” Muito bem, se você prefere ver as coisas dessa forma, vou concordar

com você, e isso nos leva ao segundo caminho para a autoestima. Reconhecer que

todo mundo tem uma “unidade de valor” desde a hora em que nasce até a hora em

que morre. Quando criança você não pode fazer muita coisa, mesmo assim é precioso

e tem valor. E quando está velho ou doente, descansando ou dormindo, ou

simplesmente “sem fazer nada”, continua tendo “valor”. A sua “unidade de valor” não

pode ser medida, nunca muda e é igual para todos. Ao longo da sua vida, você pode

aumentar sua felicidade e satisfação por meio de uma vida produtiva, ou pode agir

de maneira destrutiva e se tornar infeliz. Mas a sua “unidade de valor” está sempre

ali, juntamente ao seu potencial de alegria e autoestima. Uma vez que não é pos­

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