antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)
dos outros. (6) Por fim, provoca sentimentos autodestrutivos e um medo terrível deficar sozinha.Depois ela relacionou o que considerava como as vantagens de acreditar que seramada era uma necessidade absoluta para a felicidade: “(1) Acreditar nisso vai metrazer um companheiro, amor e segurança. (2) Vai dar sentido à minha vida e umarazão para viver. (3) Vai me dar motivos para aguardar ansiosamente pelos acontecimentos.”.Essas vantagens refletiam a crença de Roberta de que convencer-se de quenão poderia viver sem um homem iria, de alguma forma, trazer um companheiropara sua vida.Essas vantagens eram reais ou imaginárias? Embora Roberta tivesse acreditadodurante muitos anos que não poderia existir sem um homem, essa atitude ainda nãohavia lhe trazido o companheiro desejado. Ela admitia que dar tamanha importânciaaos homens em sua vida não era o encanto mágico que traria um deles até a suaporta. Reconhecia que pessoas muito “pegajosas” e dependentes costumam exigirtanta atenção dos outros e parecer tão carentes que têm grande dificuldade não sópara atrair as pessoas do sexo oposto, inicialmente, mas também para manter umrelacionamento. Roberta foi capaz de compreender que, em geral, as pessoas que jáencontraram a felicidade dentro de si mesmas são as mais atraentes para os membrosdo sexo oposto e passam a ser como ímãs, pois estão em paz e produzem umasensação de alegria. Ironicamente, é a mulher dependente, “viciada em homens”, queacaba ficando sozinha.Na verdade, isso não é assim tão surpreendente. Se você assume a postura deque “precisa” de alguém para sentir-se valorizado, transmite a seguinte mensagem:“Leve-me! Eu não tenho valor nenhum! Não suporto ficar sozinha!”. Não é de se espantarque haja tão poucos interessados! Claro, sua exigência não declarada tambémnão atrai a afeição das pessoas: “Como você é obrigado a me amar, será um malditocanalha se não fizer isso!”.Talvez você se agarre à sua dependência devido à ideia equivocada de que, casotorne-se independente, os outros vejam-no como uma pessoa rejeitada e você acabeficando sozinho. Se esse é o seu medo, você está confundindo dependência com afeto.Nada poderia estar mais distante da realidade. Se você é solitário e dependente,sua raiva e ressentimento provêm do fato de se sentir privado do amor que acreditater direito a receber dos outros. Essa atitude o conduz a um isolamento ainda maior.Se você é mais independente, não é obrigado a ficar sozinho ‒ simplesmente tem acapacidade de ficar feliz quando não está acompanhado. Quanto mais independentevocê for, mais seguro será em relação aos seus sentimentos. Além disso, seu humornão vai ficar subindo e descendo à mercê dos outros. Afinal, o tamanho do amor que
alguém pode sentir por você costuma ser bastante imprevisível. Talvez não gostemde tudo em você, e talvez não ajam de maneira afetuosa o tempo todo. Se estiverdisposto a aprender a se amar, terá uma fonte de autoestima muito mais confiávele constante.O primeiro passo é descobrir se você quer essa independência. Todos nós temosuma chance bem maior de atingir nossos objetivos se compreendermos quemsomos. Isso ajudou Roberta a perceber que sua dependência a estava condenandoa uma existência vazia. Se você ainda está se agarrando à noção de que é bom ser“dependente”, faça uma lista das vantagens usando a técnica das duas colunas. Digaclaramente como você se beneficia se deixar que o amor determine o seu valorpessoal. Depois, a fim de avaliar a situação de forma objetiva, anote os argumentosem contrário ‒ ou seja, as respostas racionais ‒ na coluna à direita. Talvez descubraque as vantagens do seu vício em amor são ilusórias em parte ou totalmente. O Quadro39 mostra como uma mulher com um problema semelhante ao de Robertaavaliou essas questões. Esse exercício por escrito motivou-a a procurar dentro de simesma o que estava buscando nos outros, além de permitir que ela visse a dependênciacomo o seu verdadeiro inimigo, pois a incapacitava.A DIFERENÇA ENTRE SOLIDÃO E ESTAR SÓAo ler o capítulo anterior, talvez você tenha concluído que seria bom aprender acontrolar seu humor e encontrar a felicidade dentro de si mesmo. Isso lhe permitiriasentir-se tão vivo quando está sozinho como se sente quando está com alguém queama. Mas você pode estar pensando: “Tudo isso parece muito bom, dr. Burns, masnão corresponde à realidade. Não há dúvida de que, do ponto de vista emocional,é pior ficar sozinho. Toda a minha vida, sempre soube que amor e felicidade eram amesma coisa, e todos os meus amigos concordam. Pode filosofar o quanto quiser, mas,no fim das contas, é o amor que importa e ficar sozinho é um castigo!”.Na verdade, muitas pessoas estão convencidas de que o amor é o que move omundo. Vemos essa mensagem nas propagandas, nas letras das músicas, nas poesias.Mas é possível contestar de forma convincente esse seu pressuposto de que, paraser feliz, é preciso ter amor. Vamos analisar a equação: sozinho = solitário.Em primeiro lugar, considere que muitas satisfações básicas da vida nós temossozinhos. Por exemplo, quando você escala uma montanha, apanha uma flor, lê umlivro ou come um sundae com calda de chocolate, não precisa da companhia deoutra pessoa para que essas experiências sejam agradáveis. Um médico pode ter asatisfação de tratar um paciente, mesmo que nenhum dos dois tenha um relacio-
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alguém pode sentir por você costuma ser bastante imprevisível. Talvez não gostem
de tudo em você, e talvez não ajam de maneira afetuosa o tempo todo. Se estiver
disposto a aprender a se amar, terá uma fonte de autoestima muito mais confiável
e constante.
O primeiro passo é descobrir se você quer essa independência. Todos nós temos
uma chance bem maior de atingir nossos objetivos se compreendermos quem
somos. Isso ajudou Roberta a perceber que sua dependência a estava condenando
a uma existência vazia. Se você ainda está se agarrando à noção de que é bom ser
“dependente”, faça uma lista das vantagens usando a técnica das duas colunas. Diga
claramente como você se beneficia se deixar que o amor determine o seu valor
pessoal. Depois, a fim de avaliar a situação de forma objetiva, anote os argumentos
em contrário ‒ ou seja, as respostas racionais ‒ na coluna à direita. Talvez descubra
que as vantagens do seu vício em amor são ilusórias em parte ou totalmente. O Quadro
39 mostra como uma mulher com um problema semelhante ao de Roberta
avaliou essas questões. Esse exercício por escrito motivou-a a procurar dentro de si
mesma o que estava buscando nos outros, além de permitir que ela visse a dependência
como o seu verdadeiro inimigo, pois a incapacitava.
A DIFERENÇA ENTRE SOLIDÃO E ESTAR SÓ
Ao ler o capítulo anterior, talvez você tenha concluído que seria bom aprender a
controlar seu humor e encontrar a felicidade dentro de si mesmo. Isso lhe permitiria
sentir-se tão vivo quando está sozinho como se sente quando está com alguém que
ama. Mas você pode estar pensando: “Tudo isso parece muito bom, dr. Burns, mas
não corresponde à realidade. Não há dúvida de que, do ponto de vista emocional,
é pior ficar sozinho. Toda a minha vida, sempre soube que amor e felicidade eram a
mesma coisa, e todos os meus amigos concordam. Pode filosofar o quanto quiser, mas,
no fim das contas, é o amor que importa e ficar sozinho é um castigo!”.
Na verdade, muitas pessoas estão convencidas de que o amor é o que move o
mundo. Vemos essa mensagem nas propagandas, nas letras das músicas, nas poesias.
Mas é possível contestar de forma convincente esse seu pressuposto de que, para
ser feliz, é preciso ter amor. Vamos analisar a equação: sozinho = solitário.
Em primeiro lugar, considere que muitas satisfações básicas da vida nós temos
sozinhos. Por exemplo, quando você escala uma montanha, apanha uma flor, lê um
livro ou come um sundae com calda de chocolate, não precisa da companhia de
outra pessoa para que essas experiências sejam agradáveis. Um médico pode ter a
satisfação de tratar um paciente, mesmo que nenhum dos dois tenha um relacio-