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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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o verdadeiro culpado. A possibilidade de que o chefe tivesse agido de forma extremamente

desagradável não lhe havia ocorrido por causa do seu hábito automático de

culpar a si mesmo. Ele sentiu-se aliviado quando percebeu, de repente, que não tinha

absolutamente nada do que se envergonhar no modo como agiu. Seu chefe, que

não era muito sociável, provavelmente estava sob pressão e fora de si naquele dia.

Então, John questionou: “Por que estou sempre me esforçando tanto para obter

aprovação? Por que sofro desse jeito?”. Depois lembrou-se de um fato ocorrido quando

ele tinha 12 anos. Seu único irmão, mais novo que ele, havia morrido tragicamente

após uma longa batalha contra a leucemia. Depois do funeral, ele ouviu

sua mãe e sua avó conversando no quarto. Sua mãe chorava amargamente e dizia:

“Agora não tenho mais nenhum motivo para viver”. Sua avó respondeu: “Psiu! O

Johnny está aqui do lado! Ele pode ouvir!”.

Quando John me contou isso, começou a chorar. Tinha ouvido os comentários,

os quais para ele significaram: “Isso prova que eu não tenho muito valor. Meu irmão,

sim, era importante. Minha mãe não me ama de verdade.”. Ele nunca revelou que

havia escutado a conversa, e durante todos esses anos tentou afastar essa lembrança

da memória, dizendo a si mesmo: “Tudo bem, não faz diferença se ela me ama ou

não”. Mas esforçava-se imensamente para agradar a mãe com suas realizações e sua

carreira, numa tentativa desesperada de ganhar a aprovação dela. No seu íntimo,

ele não acreditava que tivesse algum valor realmente, e se via como alguém inferior

e indigno de ser amado. Tentava compensar sua falta de autoestima conquistando a

admiração e a aprovação dos outros. Era como se a sua vida fosse um esforço constante

para encher uma bexiga furada.

Após recordar esse incidente, John conseguiu enxergar a irracionalidade da sua

reação aos comentários que tinha ouvido no corredor. A amargura de sua mãe e o

vazio que ela sentia eram naturais e faziam parte do processo de luto que todos os

pais atravessam quando um filho morre. Seus comentários não tinham nada a ver

com John, somente com sua depressão e seu desespero temporários.

Ver essa lembrança por um outro ângulo ajudou John a enxergar o quanto era

irracional e autodestrutivo vincular o seu valor às opiniões dos outros. Talvez você

também esteja começando a ver que a sua crença na importância da aprovação

externa não é nem um pouco realista. Afinal é você, e só você, quem pode fazê-lo

feliz de forma consistente. Ninguém mais pode fazer isso. Agora, vamos recapitular

algumas medidas simples que você pode tomar para colocar esses princípios em

prática, para que possa transformar seu desejo de autoestima e autorrespeito numa

realidade emocional.

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