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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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quando criança. Talvez um de seus pais fosse excessivamente severo quando você

se comportava mal, ou ficasse irritado mesmo que você não estivesse fazendo nada

particularmente de errado. Talvez sua mãe tenha dito: “Você é horrível por fazer

isso!”, ou seu pai tenha deixado escapar: “Você está sempre fazendo besteira. Nunca

vai aprender.”.

Quando era criança, você provavelmente via seus pais como deuses. Eles o ensinaram

a falar e a amarrar os sapatos, e a maioria das coisas que eles lhe diziam tinha

fundamento. Se o seu pai dizia: “Você pode morrer se andar no meio da rua”, isso

era literalmente verdade. Como a maioria das crianças, você pode ter presumido que

quase tudo que seus pais diziam era verdade. Por isso, quando ouvia: “Você não faz

nada direito” e “Você nunca vai aprender”, literalmente acreditava e isso magoa muito.

Você era jovem demais para raciocinar: “O papai está exagerando e generalizando

demais”. E não tinha maturidade emocional para perceber que seu pai estava irritado

e cansado naquele dia, ou talvez tivesse bebido e quisesse ficar sozinho. Você não

podia determinar se essa explosão era um problema dele ou seu. E se tivesse idade

suficiente para sugerir que ele não estava sendo razoável, suas tentativas de colocar

as coisas em termos mais sensatos podem ter sido rapidamente neutralizadas e desencorajadas

com uma rápida palmada no traseiro.

Não é à toa que você desenvolveu o mau hábito de se menosprezar toda vez que

alguém o desaprova. Não é sua culpa se adquiriu essa tendência quando era criança,

e não pode ser culpado por crescer com essa visão errada. Mas é responsabilidade

sua como adulto refletir sobre a questão de forma realista, e tomar medidas especificas

para superar essa vulnerabilidade em particular.

Como, exatamente, esse medo da desaprovação o predispõe à ansiedade e à depressão?

John é um arquiteto de 52 anos solteiro, de fala mansa, que vive com medo

de críticas. Ele foi encaminhado para tratamento por causa de uma grave depressão

recorrente, que não havia diminuído mesmo com vários anos de terapia. Certo dia

em que estava se sentindo particularmente bem consigo mesmo, ele procurou o chefe,

entusiasmado com novas ideias sobre um importante projeto. O chefe retrucou:

“Agora não, John! Não está vendo que estou ocupado?”. A autoestima de John despencou

na mesma hora. Ele se arrastou de volta para a sua sala, desanimado e com

raiva de si mesmo, convencido de que não prestava para nada. “Como posso ter sido

tão descuidado?”, perguntava-se.

Quando John me contou esse episódio, fiz a ele as perguntas simples e óbvias:

“Quem é que estava agindo feito um idiota ‒ você ou o seu chefe? Você estava mesmo

se comportando de forma inadequada, ou o seu chefe é que estava irritado, agindo

de forma desagradável?”. Após refletir por um instante, ele foi capaz de identificar

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