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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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gina que seu pensamento automático distorcido é absolutamente coerente e procura

o fundo de verdade que existe nele. Isso lhe permite penetrar no âmago dos

seus problemas.

Agora recapitule a sequência de pensamentos automáticos de Art apresentada

no Quadro 36 e pergunte a si mesmo: Quais são os pressupostos silenciosos que o

predispõem à ansiedade, ao sentimento de culpa e à depressão? Existem vários:

1. Se uma pessoa me criticar, ela estará sempre certa.

2. Meu valor é determinado pelas minhas realizações.

3. Um único erro pode arruinar tudo. Se eu não tiver êxito sempre, serei um

fracasso total.

4. Os outros não vão tolerar a minha imperfeição. Tenho de ser perfeito para

que as pessoas me respeitem e gostem de mim. Se eu fizer alguma besteira,

serei fortemente reprovado e punido.

5. Essa reprovação significará que sou uma pessoa inútil e sem valor.

Uma vez que tiver gerado sua própria sequência de pensamentos automáticos e

esclarecido seus pressupostos silenciosos, é fundamental identificar as distorções

e substituir por respostas racionais, como você faz normalmente (ver Quadro 37,

a seguir).

A beleza do método da seta para baixo é que ele é indutivo e socrático: por meio

de um processo de questionamento profundo, você descobre sozinho as crenças que

o prejudicam. Revela a origem dos seus problemas repetindo várias vezes as seguintes

perguntas: “Se esse pensamento negativo fosse verdade, o que isso significaria

para mim? Por que me aborreceria?”. Sem a introdução do viés subjetivo de um terapeuta,

nem de crenças pessoais ou propensões teóricas, você pode ir direto à raiz

dos seus problemas, sistemática e objetivamente. Isso contorna uma dificuldade que

sempre esteve presente ao longo da história da psiquiatria. É notório que terapeutas

de todas as escolas de pensamento interpretam as experiências dos pacientes com

base em noções preconcebidas que podem ter pouca ou nenhuma validação experimental.

Se você não “embarcar” na explicação do seu terapeuta sobre a origem dos

seus problemas, é provável que isso seja interpretado como “resistência” à “verdade”.

Dessa maneira sutil, seus problemas são forçados a se encaixar nos moldes do seu terapeuta,

não importa o que você diga. Imagine só a imensa gama de explicações para

o sofrimento que você ouviria se fosse a um conselheiro religioso (fatores espirituais),

a um psiquiatra de um país comunista (o contexto sociopolítico-econômico),

a um analista freudiano (raiva internalizada), um terapeuta comportamental (um

baixo índice de reforço positivo), um psiquiatra com foco no uso de antidepressivos

(fatores genéticos e desequilíbrio químico do cérebro), um terapeuta familiar (relações

interpessoais conturbadas) etc.!

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