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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Na verdade, a técnica da seta vertical é uma variação do método das duas colunas

apresentado no Capítulo IV, no qual você aprendeu a anotar seus pensamentos

automáticos desagradáveis na coluna à esquerda e substituí-los por respostas racionais

mais objetivas. Esse método ajuda-o a se sentir melhor porque você desprograma

as distorções existentes em seus padrões de pensamento. Um breve exemplo é

mostrado no Quadro 35. Ele foi escrito por Art, o psiquiatra residente descrito

no Capítulo VII, que ficou chateado quando seu supervisor tentou oferecer uma crítica

construtiva.

Contestar seus pensamentos desagradáveis diminuiu o sentimento de culpa

e a ansiedade de Art, mas ele quis saber como e por que havia feito inicialmente

uma interpretação tão irracional. Talvez você também tenha começado a se perguntar

‒ existe um padrão intrínseco nos meus pensamentos negativos? Será que existe

algum desvio psíquico num nível mais profundo da minha mente?

QUADRO 35

Pensamentos automáticos

1. O dr. B. disse que o paciente achou

meu comentário grosseiro. Ele deve

me achar um péssimo terapeuta.

Respostas racionais

1. Ler pensamentos; filtro mental; rotulagem.

Só porque o dr. B. apontou um erro meu, isso não

significa que ele me acha um “péssimo terapeuta”.

Eu teria de perguntar a ele para saber o que acha

realmente, mas em muitas ocasiões ele já me elogiou

e disse que tenho um talento extraordinário.

Art usou a técnica da seta vertical para responder essas perguntas. Primeiro, ele

desenhou uma seta vertical curta logo abaixo do seu pensamento automático (ver

Quadro 36, a seguir). Essa seta para baixo é um sinal para que Art se pergunte: “Se

esse pensamento automático fosse mesmo verdade, o que isso significaria para mim?

Por que me aborreceria?”. Em seguida, Art anotou o pensamento automático que lhe

veio à mente logo depois. Como se pode ver, ele escreveu: “Se o dr. B. me achasse um

péssimo terapeuta, significaria que eu sou um péssimo terapeuta, porque o dr. B. é

um especialista”. Na sequência, Art desenhou uma segunda seta vertical abaixo desse

pensamento e repetiu o mesmo processo, para gerar um outro pensamento automático,

como mostrado no Quadro 36. Toda vez que tinha um novo pensamento automático,

ele imediatamente desenhava uma seta vertical abaixo dele e se perguntava:

“Se isso fosse verdade, por que me aborreceria?”. Ao fazer isso várias vezes seguidas,

conseguiu gerar uma sequência de pensamentos automáticos, levando-o aos pressupostos

silenciosos que deram origem aos seus problemas. O método da seta para

baixo é como descascar uma cebola para expor as camadas que estão por baixo. Na

verdade é muito simples e fácil, como você verá no Quadro 36.

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