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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Hal: Desmotivado.

David: E isso ajuda?

Hal: Bom, não trouxe nenhum resultado positivo, então parece não ajudar.

David: E é realista dizer “Uma venda perdida e eu sou um fracasso”?

Hal:

Na verdade, não.

David: Então por que está usando esse critério “tudo ou nada” consigo mesmo?

Por que usa critérios úteis e realistas para essas outras pessoas com

quem não se importa tanto, e critérios rigorosos e autodestrutivos para

si mesmo, com quem realmente se importa?

Hal estava começando a perceber que ter dois pesos e duas medidas não o estava

ajudando em nada. Ele julgava a si mesmo segundo regras rígidas que jamais aplicaria

a outra pessoa. No início, defendeu essa tendência ‒ como muitos perfeccionistas

exigentes fariam ‒ alegando que isso o ajudaria de alguma forma a exigir mais

de si mesmo do que dos outros. No entanto, ele logo rendeu-se ao fato de que seus

critérios pessoais eram, na verdade, irrealistas e autodestrutivos porque, se tentasse

vender o prédio e não conseguisse, veria isso como uma catástrofe. Seu mau hábito

de pensar em termos de “tudo ou nada” era a explicação para o medo que o paralisava

e o impedia de tentar. Por conseguinte, passava a maior parte do tempo na cama

se lamentando.

Hal pediu orientações específicas sobre o poderia fazer para se livrar de seus

critérios duplos perfeccionistas, para que pudesse julgar todas as pessoas, incluindo

ele próprio, segundo um único critério objetivo. Como um primeiro passo, propus

que Hal usasse a técnica do pensamento automático, resposta racional. Por exemplo,

se estivesse sentado em casa, procrastinando sobre o trabalho, talvez pensasse “Se

eu não for trabalhar cedo e passar o dia todo lá, mergulhado no trabalho, então nem

adianta ir. Posso muito bem ficar na cama”. Depois de anotar isso, substituiria por

uma resposta racional: “Isso é só um pensamento ‘tudo ou nada’, e uma bobagem.

Até mesmo trabalhar meio período poderia ser um passo importante e fazer que eu

me sentisse melhor.”.

Hal concordou em anotar alguns pensamentos desagradáveis antes da próxima

sessão de terapia, nos momentos em que se sentisse inútil ou triste consigo mesmo

(ver Quadro 34, a seguir). Dois dias depois, recebeu um aviso prévio de seu patrão e

veio para a sessão de terapia totalmente convencido de que seus pensamentos autocríticos

eram absolutamente válidos e realistas. Ele não havia conseguido encontrar

uma única resposta racional. O aviso dava a entender que suas faltas constantes

exigiam que fosse dispensado do emprego. Durante a sessão, discutimos como ele

poderia aprender a contestar sua voz crítica.

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