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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Hal concordou em permitir que os residentes de Psiquiatria do nosso programa

de treinamento na Universidade da Pensilvânia observassem uma das nossas

sessões de psicoterapia através de um espelho. Durante essa sessão, Hal descreveu

uma conversa que teve no vestiário do clube. Um amigo bem de vida havia lhe falado

do seu interesse pela compra de um determinado prédio. Você pode achar que

ele teria pulado de alegria ao saber disso, uma vez que a comissão por uma venda

como essa teria dado o impulso necessário à sua carreira, sua confiança e sua conta

bancária. Mas, em vez de ir atrás do contato, Hal ficou procrastinando por várias

semanas. Por quê? Por pensar: “É muito complicado vender uma propriedade comercial.

Nunca fiz isso antes. Além do mais, provavelmente ele vai desistir no último

minuto. Isso indicaria que eu não sirvo para trabalhar nesse ramo. Indicaria que eu

sou um fracasso”.

Mais tarde, recapitulei a sessão junto com os residentes. Queria saber o que

achavam das atitudes pessimistas e autodestrutivas de Hal. Eles sentiam que Hal tinha

mesmo aptidão para trabalhar com vendas, e que estava sendo exageradamente

rigoroso consigo mesmo. Usei isso como argumento na sessão seguinte. Hal admitiu

que era mais crítico consigo mesmo do que jamais havia sido com qualquer outra

pessoa. Por exemplo, se um de seus colegas perdesse uma grande venda, ele simples

mente diria “Isso não é o fim do mundo; continue tentando”. Mas, se acontecesse

com ele, diria: “Eu sou um fracasso”. No fundo, Hal admitia que agia com base num

“critério duplo” ‒ era tolerante e solidário com as outras pessoas, mas severo, crítico

e impiedoso consigo mesmo. Talvez você tenha a mesma tendência. No início, Hal

defendeu seu critério duplo argumentando que isso era bom para ele:

Hal: Bom, em primeiro lugar, a responsabilidade e o interesse que tenho pelos

outros não são iguais aos que tenho por mim mesmo.

David: Tudo bem. Continue.

Hal: Se eles não conseguirem uma venda, isso não vai tirar a comida da minha

mesa nem provocar sentimentos negativos na minha família. Portanto,

o único motivo de me interessar por eles é porque é bom quando

todo mundo consegue vender, mas...

David: Espere... espere... espere! Você se interessa por eles porque é bom quando

eles conseguem vender?

Hal: É. Foi o que eu disse...

David: Você usa um critério com eles que acredita que os ajuda a vender?

Hal:

Isso mesmo.

David: E o critério que usa consigo mesmo? Acha que ele o ajuda a vender?

Como se sente quando diz “Uma venda perdida significa que sou um

fracasso”?

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