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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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A solução revelou-se incrivelmente simples. Eu propus a Fran o seguinte:

Vamos supor que, em casa, entre as sessões, você fizesse uma lista de todas as coisas

que você e o John podem fazer juntos. Em vez de se concentrar nas coisas que vocês não

podem fazer, aprenda a se concentrar nas que vocês podem. Eu, por exemplo, adoraria

ir à lua, mas acontece que não sou astronauta, por isso não é provável que algum dia eu

tenha essa oportunidade. Ora, se eu ficar insistindo no fato de que na minha profissão e

na minha idade é extremamente improvável que algum dia eu possa chegar à lua, posso

ficar muito chateado. Por outro lado, há muitas coisas que eu posso fazer e, se eu me

concentrar nelas, não me sentirei desapontado. Então, quais seriam as coisas que você e

o John podem fazer a dois?

Fran: Bom, nós ainda gostamos da companhia um do outro. Saímos para jantar,

e somos companheiros.

David: Certo. O que mais?

Fran: Passeamos de carro juntos, jogamos cartas. Vamos ao cinema, ao bingo.

Ele está me ensinando a dirigir...

David: Veja, em menos de 30 segundos você já citou seis coisas que podem fazer

juntos. Vamos supor que tivesse até a próxima sessão para continuar

a lista. Quantos itens você você acha que poderia encontrar?

Fran: Um monte. Eu poderia citar coisas que nunca pensamos em fazer, talvez

algo incomum como saltar de paraquedas.

David: Isso mesmo. Pode até pensar em coisas mais ousadas. Tenha em mente

que você e o John, na verdade, podem ser capazes de fazer muitas coisas

que está presumindo que não possam. Por exemplo, você me disse

que não podem ir à praia. Comentou o quanto gostaria de nadar. Poderiam

ir a uma praia um pouco mais retirada para que não precisassem

ficar tão constrangidos? Se eu estivesse numa praia e você e o John estivessem

lá, sua deficiência física não faria a menor diferença para mim.

Aliás, recentemente estive numa linda praia na costa norte do Lago

Tahoe, na Califórnia, com minha esposa e a família dela. Estávamos

nadando, quando de repente fomos parar numa enseada que tinha uma

praia de nudismo, e lá estava aquela molecada toda, sem roupa nenhuma.

É claro que eu não fiquei olhando para nenhum deles, quero deixar

bem claro! Mesmo assim, reparei por acaso que um dos rapazes não

tinha a perna direita do joelho para baixo, e ele estava lá se divertindo

junto aos outros. Por isso, não estou absolutamente convencido de que

só porque alguém é deficiente ou não tem um dos membros não pode ir

à praia e se divertir. O que você acha?

Algumas pessoas podem debochar da ideia de que um problema tão “difícil e

real” possa ser tão facilmente resolvido, ou de que uma depressão intratável como a

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