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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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CAPÍTULO

IX

TRISTEZA NÃO É DEPRESSÃO

“Dr. Burns, pelo que senhor está dizendo, o pensamento distorcido é a única

causa da depressão. Mas, e se os meus problemas forem reais?”. Esta é uma das perguntas

mais frequentes que ouço durante as palestras e workshops sobre terapia

cognitiva. Muitos pacientes questionam isso no início do tratamento e relacionam

uma série de problemas “realistas”, as quais eles estão convictos de que são causadoras

de “depressões realistas”. Os mais comuns são:

• falta de dinheiro ou dificuldades financeiras;

• velhice (algumas pessoas também veem a infância, a adolescência, o início

da vida adulta e a meia-idade como períodos de crise inevitável);

• deficiência física permanente;

• doença terminal;

• perda trágica de um ente querido.

Tenho certeza de que você poderia acrescentar mais coisas à lista. Entretanto, nenhum

dos itens acima pode levar a uma “depressão realista”. Na verdade, isso não

existe! A verdadeira questão aqui é como distinguir os sentimentos negativos desejáveis

dos indesejáveis. Qual é a diferença entre “tristeza saudável” e depressão?

A distinção é simples. A tristeza é uma emoção normal criada por percepções

realistas que descrevem um fato negativo envolvendo perda ou decepção de uma

forma não-distorcida. A depressão é uma doença que sempre resulta de pensamentos que

estão distorcidos de alguma forma. Por exemplo, quando um ente querido morre,

você legitimamente pensa: “Eu o(a) perdi, e sentirei falta da sua companhia e do

amor que tínhamos um pelo outro.” Os sentimentos provocados por um pensamento

assim são ternos, realistas e desejáveis. Suas emoções o tornarão mais humano e

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