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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Shiba: É bem típico do seu pai aprontar uma coisa dessas. Ele não tem a cabeça

no lugar.

David: Ele nunca foi bom em administrar dinheiro. Você sempre foi melhor do

que ele nisso.

Shiba: Ele é um canalha! Agora estamos à beira da miséria. E se eu ficar doente?

Vamos parar num abrigo!

David: Tem toda a razão! Não tem graça nenhuma morar num abrigo. Concordo

plenamente com você.

Shiba declarou que, ao fazer o papel de sua mãe, percebeu que “não tinha graça”

reclamar porque eu ficava concordando com ela. Invertemos depois os papéis, para

que ela pudesse dominar a técnica.

Na verdade, é o seu impulso de ajudar os reclamões que mantém a interação

monótona. Paradoxalmente, quando você concorda com as suas lamúrias pessimistas,

eles logo perdem a força. Talvez uma explicação deixe isso menos confuso. Quando

as pessoas ficam reclamando e se lamentando, em geral é porque sentem-se irritadas,

oprimidas e inseguras. Quando você tenta ajudá-las, isso lhes soa como uma crítica,

pois dá a entender que não estão lidando com as coisas da maneira adequada. Por

outro lado, quando você concorda com elas e ainda faz um elogio, consideram isso

um sinal de aprovação, então normalmente relaxam e se acalmam.

5. MÉTODO MOOREY CONTRA LAMENTADORES

Uma modificação útil dessa técnica foi proposta por Stirling Moorey, na época

um brilhante aluno inglês de Medicina que estudou com o nosso grupo na Filadélfia

e acompanhou as minhas sessões de terapia durante o verão de 1979. Ele trabalhou

com uma escultora de 52 anos chamada Harriet, que sofria de uma depressão crônica

grave e tinha um coração de ouro. O problema de Harriet é que seus amigos

viviam enchendo seus ouvidos com fofocas e problemas pessoais. Esses problemas

aborreciam-na por causa de sua excessiva capacidade de empatia. Pelo fato de não

saber como ajudar seus amigos, ela sentia-se impotente e ressentida, até descobrir

esse método para lidar com aquelas pessoas que ficam se lamentando o tempo todo.

Stirling apenas a orientou a achar um modo de concordar com o que a pessoa estava

dizendo, e depois distraí-la encontrando algo positivo na sua queixa e fazendo um

comentário sobre isso. Aqui estão alguns exemplos:

1. Lamentador: Ai, meu Deus, o que eu vou fazer com a minha filha? Acho que

ela anda fumando maconha outra vez.

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