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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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empanturrando de sorvete. Uma forma de avaliar isso é se perguntar se houve algum

período na sua vida em que você foi particularmente feliz e se sentiu relativamente

satisfeito, produtivo e sob controle. Pense nisso por um instante antes de continuar

lendo e guarde uma imagem mental dessa época. Agora pergunte-se: “Durante esse

período da minha vida, eu ficava me chicoteando com um monte de cobranças?”.

Acredito que irá responder que não. Agora diga-me: você fazia todas essas loucuras

terríveis naquela época? Acho que vai perceber que, mesmo “isento de cobranças”,

você se mantinha sob controle. Essa é uma prova de que você pode levar um vida

feliz e produtiva sem ficar se cobrando o tempo todo.

Você pode testar essa hipótese ao fazer uma experiência nas próximas duas semanas.

Procure diminuir as suas cobranças ao usar as técnicas apresentadas, depois

veja o que acontece com o seu humor e o seu autocontrole. Acho que você vai ficar

satisfeito.

Um outro método ao qual você pode recorrer é a técnica de falatório obsessivo

descrita no Capítulo IV. Três vezes por dia, reserve dois minutos para recitar todas as

suas cobranças e autoperseguições em voz alta: “Eu devia ter ido no mercado antes

de fechar”; “Eu não devia ter enfiado o dedo no nariz no clube de campo”; “Eu sou

um canalha” etc. Faça as críticas mais ofensivas que puder imaginar. Pode ser muito

útil anotar ou registrar tudo num gravador. Leia-as depois, ou escute a gravação.

Acho que isso o ajudará a ver o quanto essas afirmações são ridículas. Procure limitar

suas cobranças a esses horários programados, assim não será atormentado por

elas em outros momentos.

Outra técnica de combater as cobranças consiste em reconhecer os limites do

seu conhecimento. Quando eu era mais novo, costumava ouvir as pessoas dizerem

“Você será mais feliz se aprender a aceitar seus limites”, mas ninguém jamais preocupou-se

em explicar o que isso queria dizer ou como fazer. Além do mais, isso sempre

pareceu-me meio depreciativo, como se estivessem dizendo: “É melhor aceitar

logo que você não é grande coisa”.

Na verdade, isso não é tão ruim assim. Vamos supor que você costume olhar

para trás e lamentar os erros que cometeu. Por exemplo, ao folhear o caderno de finanças

do jornal, você pensa: “Eu não devia ter comprado aquelas ações. Elas caíram

dois pontos.”. Para sair dessa armadilha, diga a si mesmo: “Ora, quando comprei as

ações, eu sabia que elas perderiam o valor?” Desconfio que irá dizer que não. Agora

pergunte: “Se soubesse que elas iam cair, eu teria comprado?”. Mais uma vez, você

vai responder que não. Então, o que está dizendo na verdade é que, se você soubesse

disso na época, teria agido de forma diferente. Para fazer isso, você precisaria ser

capaz de prever o futuro com absoluta certeza. Você é capaz de prever o futuro com

absoluta certeza? Mais uma vez, sua resposta será não. Você tem duas opções: pode

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