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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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David: Portanto, não seria sensato concluir que você devia ter feito isso por ter

esse costume há muito tempo?

Você: Está me dizendo que eu devia continuar comendo sorvete e acabar feito

um porco de tão gordo?

Você:

David: A maioria dos meus clientes não são tão difíceis como você! De qualquer

forma, não estou lhe dizendo para agir feito um porco, nem recomendando

que continue com esse mau hábito de comer quando está

chateado. O que estou dizendo é que você está arrumando dois problemas

de uma vez. Um deles é que saiu mesmo do seu regime. Se está

querendo emagrecer, isso vai atrapalhar. E o segundo problema é que

está sendo duro consigo mesmo em relação a isso. Dessa dor de cabeça

você não precisa.

Então está dizendo que, como tenho o hábito de comer quando fico

nervoso, provavelmente continuarei a fazer isso a menos que encontre

alguma forma de mudar esse hábito?

David: Eu não teria explicado tão bem!

Você: Portanto, eu devia ter comido o sorvete porque ainda não mudei de

hábito. Enquanto esse hábito permanecer, eu devo e vou continuar comendo

demais quando ficar nervoso. Entendi o que quer dizer. Estou me

sentindo bem melhor, doutor, exceto por uma coisa. Como eu faço para

parar com isso? Como faço para modificar o meu comportamento de

uma forma mais produtiva?

David: Como na história do burro, você pode se motivar com um chicote ou

com uma cenoura. Quando diz a si mesmo “Eu devia fazer isso” ou “Eu

não devia fazer aquilo” o dia inteiro, você sente-se sobrecarregado porque

encara a vida como uma obrigação. E já sabe no que isso vai dar ‒ uma

constipação emocional. Se quer que as coisas mudem, sugiro que procure

se motivar por meio de recompensas em vez de castigos. Talvez descubra

que elas funcionam melhor.

No meu caso, usei a dieta das “balas e rosquinhas”. Balas de goma e rosquinhas

com cobertura estão entre os meus doces favoritos. Descobri que a hora mais difícil

de controlar minha vontade de comer era à noite, quando estava estudando ou

assistindo à tevê. Eu tinha um desejo compulsivo de comer sorvete. Então, dizia

a mim mesmo que, se conseguisse controlar esse desejo, poderia me recompensar

com uma deliciosa rosquinha com cobertura pela manhã e uma caixa de balas de

goma à tarde. Aí eu pensava no quanto elas eram gostosas e isso me ajudava a esquecer

do sorvete. Aliás, eu tinha também a regra de que, se fizesse besteira e comesse o

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