antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)
maneira ofensiva que viole os seus padrões éticos pessoais. Ele difere do sentimentode culpa porque não há nenhuma implicação de que a sua transgressão indique quevocê é malvado, cruel ou imoral. Em poucas palavras, o remorso ou arrependimentoaponta para o comportamento, enquanto a culpa é voltada para o “eu”.Se, além da sua culpa, você sente depressão, vergonha ou ansiedade, provavelmenteestá fazendo uma das seguintes suposições:1. Devido ao meu “mau comportamento”, eu sou inferior ou indigno (essa interpretaçãoleva à depressão).2. Se os outros descobrissem o que eu fiz, iriam me desprezar (essa cogniçãoleva à vergonha).3. Corro o risco de sofrer uma represália ou punição (esse pensamento provocaansiedade).A maneira mais simples de avaliar se as emoções provocadas por esses pensamentossão úteis ou destrutivas é determinar se elas contêm alguma das dez distorçõescognitivas descritas no Capítulo III. Se esses erros de pensamento estiverempresentes, o seu sentimento de culpa, ansiedade, depressão ou vergonha certamentenão tem fundamento nem é realista. Desconfio que você irá descobrir que muitosdos seus sentimentos negativos, na verdade, baseiam-se nesses erros de pensamento.A primeira distorção em potencial, quando você se sente culpado, é a sua suposiçãode que fez alguma coisa errada. Este pode ou não ser o caso, realmente.O comportamento que você condena em si mesmo é assim tão terrível, imoral ouerrado? Ou você está magnificando as coisas de forma desproporcional? Recentemente,uma encantadora técnica de saúde me trouxe um envelope lacrado contendoum pedaço de papel no qual havia escrito algo sobre si mesma que era tão terrívelque não suportaria dizer em voz alta. Ao me entregar o envelope tremendo, ela mefez prometer que não leria em voz alta nem riria dela. A mensagem dentro deleera ‒ “Eu tiro sujeira do nariz e como!”. A apreensão e o horror estampados no seurosto em contraste com a trivialidade do que ela havia escrito me pareceram tão engraçadosque perdi toda a compostura profissional e caí na gargalhada. Felizmente,ela também caiu na risada e manifestou uma sensação de alívio.Estou afirmando que você nunca se comporta mal? Não. Essa postura seria radicale pouco realista. Estou simplesmente insistindo que, na medida em que a suapercepção de fazer besteira é magnificada de forma irrealista, sua angústia e autoperseguiçãosão indevidas e desnecessárias.Uma segunda distorção importante que leva ao sentimento de culpa é quandovocê se rotula de “má pessoa” por causa do que fez. Na verdade, esse é o tipo de pen-
sarnento destrutivo supersticioso que levou a caça às bruxas na Idade Média! Vocêpode ter cometido algum ato ruim, raivoso, ofensivo, mas é contraproducente rotular-sede “malvado” ou “imoral” por canalizar sua energia para a ruminação e autoperseguição,e não para a busca de estratégias criativas para a solução de problemas.Outra distorção comum que provoca o sentimento de culpa é a personalização.Indevidamente, você assume a responsabilidade por um fato que não provocou. Suponhamosque você ofereça uma crítica construtiva ao seu namorado, que se ofendee reage de forma defensiva. Você pode culpar-se pelo descontrole emocional dele econcluir arbitrariamente que o seu comentário foi inadequado. Na verdade, foramos seus próprios pensamentos negativos que o aborreceram, e não o seu comentário.Além disso, esses pensamentos provavelmente estão distorcidos. Ele pode achar quea sua crítica indica que ele não tem valor e concluir que você não o respeita. Agora,foi você quem colocou esse pensamento irracional na cabeça dele? É óbvio que não.Ele fez isso, portanto você não pode assumir a responsabilidade pela sua reação.Como a terapia cognitiva afirma que somente os seus pensamentos produzem assuas emoções, você pode chegar à crença niilista de que não pode magoar ninguém,não importa o que faça, e portanto tem permissão para fazer qualquer coisa. Afinalde contas, por que não abandonar sua família, trair sua esposa e explorar seu sóciofinanceiramente? Se eles ficarem chateados, é problema deles, porque os pensamentossão deles, certo?Errado! Neste ponto, voltamos outra vez à importância do conceito de distorçãocognitiva. Se o descontrole emocional de uma pessoa é causado pelos seus pensamentosdistorcidos, pode-se dizer que ela é responsável pelo seu sofrimento. Sevocê se culpa pela dor daquela pessoa, é um erro de personalização. Por outro lado,se o sofrimento dela é causado por pensamentos válidos e não distorcidos, então osofrimento é real e pode realmente ter uma causa externa. Por exemplo, talvez vocême dê um chute no estômago e eu pense: “Levei um chute! Isso dói! #@%&!”. Nessecaso, a responsabilidade pela minha dor é sua, e a sua percepção de que me machucounão é distorcida de maneira alguma. O seu remorso e o meu desconforto sãoreais e têm fundamento.As cobranças indevidas do tipo “devia” representam o “percurso final comum”do seu sentimento de culpa. Essas cobranças irracionais partem do princípio de quevocê é perfeito, sabe tudo ou é capaz de tudo. As cobranças perfeccionistas incluemregras de convivência que o prejudicam por criarem rigor e expectativas impossíveis.Um exemplo disso seria “Eu devia ser feliz o tempo todo”. A consequência dessaregra é que você se sentirá um fracasso toda vez que ficar triste. Uma vez que, obviamente,não é realista para nenhum ser humano alcançar o objetivo da felicidadeperpétua, a regra é autodestrutiva e irresponsável.
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maneira ofensiva que viole os seus padrões éticos pessoais. Ele difere do sentimento
de culpa porque não há nenhuma implicação de que a sua transgressão indique que
você é malvado, cruel ou imoral. Em poucas palavras, o remorso ou arrependimento
aponta para o comportamento, enquanto a culpa é voltada para o “eu”.
Se, além da sua culpa, você sente depressão, vergonha ou ansiedade, provavelmente
está fazendo uma das seguintes suposições:
1. Devido ao meu “mau comportamento”, eu sou inferior ou indigno (essa interpretação
leva à depressão).
2. Se os outros descobrissem o que eu fiz, iriam me desprezar (essa cognição
leva à vergonha).
3. Corro o risco de sofrer uma represália ou punição (esse pensamento provoca
ansiedade).
A maneira mais simples de avaliar se as emoções provocadas por esses pensamentos
são úteis ou destrutivas é determinar se elas contêm alguma das dez distorções
cognitivas descritas no Capítulo III. Se esses erros de pensamento estiverem
presentes, o seu sentimento de culpa, ansiedade, depressão ou vergonha certamente
não tem fundamento nem é realista. Desconfio que você irá descobrir que muitos
dos seus sentimentos negativos, na verdade, baseiam-se nesses erros de pensamento.
A primeira distorção em potencial, quando você se sente culpado, é a sua suposição
de que fez alguma coisa errada. Este pode ou não ser o caso, realmente.
O comportamento que você condena em si mesmo é assim tão terrível, imoral ou
errado? Ou você está magnificando as coisas de forma desproporcional? Recentemente,
uma encantadora técnica de saúde me trouxe um envelope lacrado contendo
um pedaço de papel no qual havia escrito algo sobre si mesma que era tão terrível
que não suportaria dizer em voz alta. Ao me entregar o envelope tremendo, ela me
fez prometer que não leria em voz alta nem riria dela. A mensagem dentro dele
era ‒ “Eu tiro sujeira do nariz e como!”. A apreensão e o horror estampados no seu
rosto em contraste com a trivialidade do que ela havia escrito me pareceram tão engraçados
que perdi toda a compostura profissional e caí na gargalhada. Felizmente,
ela também caiu na risada e manifestou uma sensação de alívio.
Estou afirmando que você nunca se comporta mal? Não. Essa postura seria radical
e pouco realista. Estou simplesmente insistindo que, na medida em que a sua
percepção de fazer besteira é magnificada de forma irrealista, sua angústia e autoperseguição
são indevidas e desnecessárias.
Uma segunda distorção importante que leva ao sentimento de culpa é quando
você se rotula de “má pessoa” por causa do que fez. Na verdade, esse é o tipo de pen-