13.08.2023 Views

antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Depois que o caso do Howard com a Ann supostamente terminou, ele insistia em

continuar a vê-la e ainda estava muito ligado a ela. Isso era doloroso para mim. Fazia me

sentir que o Howard não tinha mesmo respeito por mim e se considerava mais importante

do que eu. Eu achava que, se ele realmente me amasse, não me faria passar por isso.

Como podia continuar vendo a Ann, mesmo sabendo o quanto isso me deixava infeliz?

Eu ficava com muita raiva do Howard e triste comigo mesma. Quando experimentei o

método da empatia e representei o papel do Howard, enxerguei a situação como um todo.

Comecei a ver as coisas de outra forma. Quando me imaginei no lugar do Howard, pude

ver pelo que ele estava passando. Ao me colocar no lugar dele, vi o problema de amar

Melissa, minha esposa, e também Ann, minha amante. Ocorreu-me que o Howard estava

preso num beco sem saída criado por seus pensamentos e emoções. Ele me amava, mas

estava desesperadamente atraído pela Ann. Por mais que quisesse, não conseguia deixar de

vê-la. Sentia-se muito culpado e não conseguia parar. Achava que sairia perdendo se deixasse

a Ann, e sairia perdendo se me deixasse. Não tinha a menor vontade nem condições de

lidar com nenhuma das duas perdas, e foi a sua indecisão e não alguma incompetência da

minha parte que o fez demorar a se decidir.

A experiência foi uma revelação para mim. Pela primeira vez, eu vi realmente o que

havia acontecido. Sabia que o Howard não havia feito nada com a intenção de me magoar,

mas tinha sido incapaz de agir de outra maneira. Eu me senti bem por conseguir enxergar

e entender isso.

Eu contei isso ao Howard quando nos encontramos. Nós dois nos sentimos bem melhor

a esse respeito. Também tive uma sensação muito boa após a experiência com a técnica

da empatia. Foi muito interessante. Mais real do que tudo que eu já tinha visto.

A explicação para a raiva de Melissa era o seu medo de perder a autoestima. Embora

Howard, de fato, tivesse agido de maneira verdadeiramente negativa, foi o

significado que ela atribuiu à experiência que provocou seu sentimento de tristeza e

raiva. Ela presumiu que, como era uma “boa esposa”, tinha direito a um “bom casamento”.

Essa é a lógica que a levou a um problema emocional:

PREMISSA: Se eu sou uma esposa boa e competente, meu marido é obrigado a

me amar e ser fiel a mim.

OBSERVAÇÃO: Meu marido não está agindo de maneira amorosa e fiel.

CONCLUSÃO: Logo, ou eu não sou uma esposa boa e competente, ou o Howard

é uma pessoa má e imoral porque está quebrando a minha “regra”.

Assim, a raiva de Melissa representava uma tentativa débil de salvar a situação

porque, dentro do seu sistema de suposições, essa era a única alternativa para não perder

a autoestima. Os únicos problemas da sua solução eram (a) ela não estava realmente

convencida de que ele “não prestava”; (b) ela não queria realmente riscá-lo da

sua vida, já que ainda o amava; e (c) com essa raiva amargurada crônica, ela não se

sentia bem, não parecia bem e o afastava ainda mais.

Sua premissa de que ele a amaria enquanto ela fosse uma boa esposa era um

conto de fadas que ela jamais havia pensado em questionar. O método da empatia

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!