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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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elas queriam. Ao adotarem um modelo de recompensa em que o comportamento

desejado atraía uma grande atenção, ele observou mudanças radicais.

As esposas tratadas pelo dr. Goldstein não são casos únicos. Elas estavam presas

aos conflitos conjugais comuns que a maioria de nós enfrenta. Essas mulheres

tinham um extenso histórico de dar atenção aos seus esposos de forma indiscriminada

ou, em alguns casos, principalmente em resposta a comportamentos indesejáveis.

Uma mudança importante precisava ocorrer para que elas obtivessem o tipo de

reação que desejavam de seus maridos, mas não estavam conseguindo. Ao manter registros

científicos detalhados de suas interações com seus maridos, as mulheres foram

capazes de controlar as reações deles.

Foi o que aconteceu com uma das pacientes do dr. Golstein. Após anos de brigas,

a esposa X declarou que havia perdido seu marido. Ele a abandonou e foi morar

com a namorada. Suas interações iniciais com a esposa X centravam-se em torno do

abuso e da indiferença. À primeira vista, ele parecia não se importar muito com ela.

Mesmo assim, ligava para ela de vez em quando, o que indicava que poderia ter algum

interesse por ela. Ela tinha a opção de cultivar essa atenção ou reprimi-la ainda

mais por meio de constantes reações inadequadas.

A esposa X definiu suas metas. Resolveu experimentar para ver se conseguia

mesmo trazer seu marido de volta. O primeiro passo era determinar se poderia aumentar

realmente seu contato com ela. Calculou meticulosamente a frequência e

duração de todos os telefonemas e visitas dele, registrando essa informação num

gráfico grudado na porta da geladeira. Avaliou cuidadosamente a relação crucial entre

o comportamento dela (o estímulo) e a frequência de seus contatos (a resposta).

Ela não iniciou nenhum contato com ele por iniciativa própria, mas respondeu

de forma positiva e afetuosa às suas ligações. Sua estratégia era simples. Em vez de

observar e reagir a todas as coisas que lhe desagradavam em relação a ele, passou a reforçar

sistematicamente aquelas que lhe agradavam. Como recompensa, usou todos

os elementos que o estimulavam ‒ elogios, comida, sexo, afeto etc.

Começou respondendo às suas raras ligações de maneira alegre, positiva e educada.

Ela o agradava e incentivava. Evitava qualquer tipo de crítica, discussão, exigência

ou hostilidade, e encontrou uma forma de concordar com tudo que ele dizia,

usando a técnica de desarmar descrita no Capítulo VII. No começo, encerrava todas

essas ligações depois de cinco a dez minutos para assegurar que as conversas não

se transformassem numa discussão nem se tornassem chatas para ele. Isso garantia

que seu feedback em relação a ela fosse positivo e que sua resposta a isso não fosse

suprimida ou eliminada.

Depois de fazer isso algumas vezes, ela percebeu que seu marido começou a telefonar

com uma frequência cada vez maior, porque suas ligações eram experiências

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