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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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com alguém e alega que estão agindo de maneira “injusta”, na maioria das vezes o

que esta realmente acontecendo é que estão agindo de maneira “justa” em relação a

um conjunto de normas e um referencial diferentes dos seus. A sua suposição de que

estão “sendo injustos” pressupõe que o seu modo de ver as coisas é universalmente

aceito. Para isso, todos teriam de ser iguais. Mas não são. Nós pensamos de forma

diferente. Quando você ignora isso e acusa o outro de ser “injusto”, está polarizando

a interação sem necessidade, pois o outro irá sentir-se ofendido e ficar na defensiva.

Então, vocês dois discutirão inutilmente quem está “certo”. Toda essa disputa é baseada

na ilusão da “justiça absoluta”.

Devido à relatividade da justiça, existe uma falácia lógica inerente à sua raiva.

Embora esteja convencido de que o outro sujeito está agindo injustamente, você

precisa perceber que ele só está agindo injustamente em relação ao seu sistema de

valores. Mas ele funciona de acordo com o sistema de valores dele, e não com o seu.

Na maioria das vezes, sua atitude questionável parecerá muito justa e razoável para

ele. Portanto, do ponto de vista dele ‒ que é o único no qual ele pode basear-se ‒ o

que está fazendo é “justo”. Você quer que as pessoas ajam de maneira justa? Então

deveria querer que ele agisse desse modo, mesmo que isso lhe desagrade, pois ele

está agindo de maneira justa segundo o seu próprio sistema! Você pode tentar convencê-lo

a mudar suas atitudes e acabar modificando seus critérios e suas ações, e

enquanto isso pode tomar medidas para garantir que não irá sofrer em decorrência

do que ele fizer. Mas quando diz a si mesmo “Ele está agindo de maneira injusta”,

você está se enganando e correndo atrás de uma ilusão!

Isso quer dizer que toda raiva é inadequada e que os conceitos de “justiça” e

“moral” são inúteis por serem relativos? Alguns autores conhecidos dão essa impressão.

O dr. Wayne Dyer escreveu:

Estamos condicionados a procurar justiça e, quando somos injustiçados na vida,

costumamos sentir raiva, ansiedade e frustração. Na verdade, isso é tão produtivo quanto

procurar a fonte da juventude, ou algum outro mito como esse. A justiça não existe.

Nunca existiu e jamais vai existir. O mundo não funciona assim. Os passarinhos comem

minhocas. Isso não é justo para as minhocas... Basta observar a natureza para perceber

que não existe justiça no mundo. Tornados, enchentes, ondas gigantes, secas, tudo isso

é injusto. 18

Essa postura representa o extremo oposto e constitui um exemplo de pensamento

“tudo ou nada”. É como dizer: “Joguem seus relógios fora porque Einstein demonstrou

que não existe tempo absoluto.”. Os conceitos de tempo e justiça são socialmente

úteis, apesar de não existirem em sentido absoluto.

18. DYER, Wayne W. Your Erroneous Zones. Nova York: Avon Books, 1977. p. 173. [Edição em português:

Seus pontos fracos. Trad. Mary Duro Cardoso. Rio de Janeiro: Viva Livros, 2011. (N.T.)]

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