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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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pensamentos e percepções reais que motivaram a outra pessoa. Devido à sua indignação,

é provável que não lhe ocorra verificar o que está dizendo a si mesmo.

Algumas explicações comuns que você pode dar para o comportamento questionável

dos outros seriam: “Ele é um mau-caráter”; “Ela não é justa”; “Ele é assim

mesmo”; “Ela é burra”; “Essas crianças são mal-educadas”, e assim por diante. O problema

dessas supostas explicações é que elas são apenas rótulos, que não fornecem

nenhuma informação válida. Na verdade, são totalmente enganosas.

Aqui está um exemplo: num domingo, Joan ficou louca da vida quando seu marido

disse que preferia assistir ao jogo de futebol na tevê do que ir a um show com

ela. Sentiu-se ofendida porque pensou: “Ele não me ama! Tudo tem de ser sempre do

jeito que ele quer! Isso não é justo!”.

O problema da interpretação de Joan é que ela não tem fundamento. Ele realmente

a ama, nem tudo tem de ser do seu jeito e ele não está sendo “injusto” intencionalmente.

Naquele domingo em especial, o Dallas Cowboys ia enfrentar o

Pittsburgh Steelers e ele queria muito ver aquele jogo! Jamais ia querer se arrumar

para ir a um show!

Quando interpreta a motivação de seu marido dessa forma irracional, Joan arruma

dois problemas de uma vez. Além de não ter companhia para o show, precisa

suportar a ilusão que criou para si de que não é amada.

A terceira forma de distorção que leva à raiva é a magnificação. Se você exagera

a importância de um fato negativo, a intensidade e a duração da sua reação emocional

podem aumentar de forma desproporcional. Por exemplo, se o seu ônibus está

atrasado e você tem uma reunião importante, talvez diga, “Eu não aguento isso!”.

Não está exagerando um pouco? Se você está aguentando, é porque pode aguentar,

então por que dizer que não aguenta? Já é bastante inconveniente ter de esperar o

ônibus sem piorar ainda mais as coisas com essa autopiedade. Você quer mesmo se

irritar desse jeito?

As expressões inadequadas devia e não devia representam o quarto tipo de distorção

que alimenta sua raiva. Quando percebe que as atitudes de alguém não lhe

agradam, você diz a si mesmo que ele “não devia” ter feito o que fez, ou “devia ter”

feito algo que deixou de fazer. Por exemplo, vamos supor que você chegue num hotel

e descubra que eles perderam o registro da sua reserva, e agora não há mais nenhum

quarto disponível. Furioso, você insiste, “Isso não devia ter acontecido! Malditos

atendentes burros!”.

É a privação real que está provocando sua raiva? Não. A privação só pode causar

uma sensação de perda, decepção ou inconveniência. Antes que possa sentir raiva,

você precisa necessariamente interpretar que tem o direito de obter o que deseja

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