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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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nossos sentimentos ruins. Dizemos: “Você está me irritando! Você está me deixando

nervoso.”. Quando pensa assim, na verdade, você está enganando a si mesmo porque

os outros não podem deixá-lo com raiva. Isso mesmo, você ouviu direito. Um

adolescente atrevido pode passar na sua frente, na fila do cinema. Um vigarista pode

vender-lhe uma moeda falsa numa loja de antiguidades. Um “amigo” pode deixá-lo

de fora da comissão obtida por um negócio lucrativo. Seu namorado pode chegar

sempre atrasado nos encontros, mesmo sabendo o quanto isso é importante para

você. Por mais afrontosos ou injustos que os outros possam lhe parecer, eles não

aborrecem, nunca aborreceram e jamais o aborrecerão. A triste verdade é que você é

o único que está produzindo cada gota de indignação que sente.

Isso lhe parece uma heresia ou estupidez? Se acha que estou contradizendo o

óbvio, talvez tenha vontade de jogar este livro num canto ou queimá-lo de revolta.

Nesse caso, eu o desafio a continuar lendo, porque...

A raiva, como todas as emoções, é produzida pelas suas cognições. A relação

existente entre os seus pensamentos e a sua raiva é mostrada no Quadro 23. Como

pode notar, antes que possa ficar irritado com algum fato, você deve primeiro ter

consciência do que está acontecendo e fazer sua própria interpretação disso. Seus

sentimentos resultam do significado que você atribui ao fato, e não do fato em si.

Por exemplo, vamos supor que, depois de um dia cansativo, você coloca seu

filho de 2 anos no berço para dormir. Fecha a porta do quarto e se senta para relaxar

e assistir televisão. Vinte minutos depois, ele abre a porta do quarto e sai dando risada.

Você pode reagir a isso de várias maneiras, dependendo do significado que lhe

atribui. Se estiver irritado, provavelmente vai pensar: “Droga! Esse menino só me dá

trabalho. Por que não pode ficar na cama e dormir? Ele nunca me dá um minuto de

sossego!”. Por outro lado, você pode ficar contente ao ver sua cabecinha aparecer na

porta, porque está pensando: “Que barato! É a primeira vez que ele consegue sair

sozinho do berço. Já está crescendo e ficando mais independente.”. O fato é o mesmo

nos dois casos. Sua reação emocional é determinada inteiramente pela forma como

você encara a situação.

Aposto que sei o que está pensando agora: “Esse exemplo do bebê não serve.

Quando eu fico com raiva é por causa de uma provocação, existe uma justificativa.

Há muita injustiça e crueldade verdadeiras neste mundo. Não dá para pensar em

tudo que eu tenho de aturar, todo dia, sem ficar nervoso. Está querendo fazer uma

lobotomia e me transformar num zumbi sem sentimentos? NÃO, OBRIGADO!”.

Com certeza, você tem razão quando diz que muitos fatos verdadeiramente negativos

acontecem todos os dias, mas seus sentimentos em relação a eles continuam

sendo produzidos pela forma como os interpreta. Fique atento a essas interpretações,

porque a raiva é uma faca de dois gumes. As consequências de uma explosão

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