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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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mais específicas sobre outros motivos pelos quais esse paciente poderia não gostar

de mim, eu poderia responder: “Concordo com você que os ternos são um

pouco formais. Eu sei que você ficaria mais à vontade se eu me vestisse de forma

mais casual. Mas tenho certeza de que vai entender que, depois de me vestir de várias

maneiras, descobri que um terno ou paletó esportivo é mais aceito pela maioria

das pessoas com quem trabalho, e por isso resolvi escolher esse estilo de roupa.

Espero que não deixe isso interferir no trabalho que estamos fazendo.”.

Você tem uma série de opções ao negociar com quem o critica. Se a pessoa continuar

insistindo em bater na mesma tecla o tempo todo, você pode simplesmente

repetir sua resposta assertiva de forma educada, mas firme, diversas vezes, até a

pessoa cansar. Por exemplo, se o meu paciente continuasse a insistir para eu parar de

usar ternos, eu poderia continuar dizendo, “Eu entendo perfeitamente o seu ponto

de vista, e existe um fundo de verdade nele. Mesmo assim, neste momento, eu prefiro

usar um traje mais formal”.

Às vezes, a solução pode estar no meio-termo. Nesse caso, é importante haver

negociação e acordo. Talvez você tenha de se contentar com uma parte do que deseja.

Mas, caso tenha aplicado criteriosamente a empatia e as técnicas de desarmar

primeiro, provavelmente conseguirá mais do que deseja.

Em muitos casos, você estará errado, e o outro, certo. Numa situação assim, o

respeito da pessoa por você provavelmente vai dar um salto gigantesco se, assertivamente,

você concordar com as críticas, agradecer a ela pela informação e se desculpar

por qualquer dano que possa ter causado. Parece uma coisa óbvia e antiga (e realmente

é), mas pode ser incrivelmente eficaz.

Talvez você esteja dizendo agora: “Mas eu não tenho o direito de me defender

quando alguém me critica? Por que sempre tenho de me colocar no lugar do outro?

Afinal, talvez ele seja o idiota, e não eu. Não é humano ficar nervoso e perder as

estribeiras? Por que eu sempre tenho que ficar amenizando as coisas?”.

Bem, há muito de verdade no que diz. Você tem o direito de se defender bravamente

das críticas e de sentir raiva de quem preferir, sempre que quiser. E acertou

bem no alvo ao ressaltar que geralmente é quem o critica, e não você, que está com

o pensamento deturpado. E há mais do que um fundo de verdade por trás da frase

“É melhor explodir que se deprimir”. Afinal, se é para concluir que alguém “não

presta”, por que não deixar que seja o outro? E, além disso, às vezes a gente sente-se

muito melhor depois de explodir com alguém.

Muitos psicoterapeutas concordariam com você nesse ponto. Freud acreditava

que a depressão era “raiva internalizada”. Em outras palavras, ele acreditava que as

pessoas deprimidas dirigiam sua raiva contra si mesmas. Condizentes com essa visão,

muitos terapeutas incentivam seus pacientes a entrar em contato com sua raiva

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