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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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David: Existe muita gente melhor do que eu. Tenho certeza de que não sou a

pessoa mais brilhante do mundo

Você: Você não tem a menor consideração pelos seus pacientes. Sua forma de

tratamento é superficial e pura enrolação.

David: Nem sempre sou tão simpático e receptivo quanto gostaria. Alguns dos

meus métodos podem parecer enrolação no início.

Você: Você não é um psiquiatra de verdade. Esse livro é um lixo. Você não é

digno de confiança nem tem competência para cuidar do meu caso.

David: Lamento profundamente se lhe pareço incompetente. Isso deve ser muito

perturbador para você. Parece que acha difícil confiar em mim, e não

acredita realmente que possamos trabalhar juntos de forma eficaz. Você

tem toda a razão ‒ não conseguiremos resolver isso juntos se não tivermos

respeito mútuo e espírito de equipe.

A essa altura (ou até antes), o crítico zangado provavelmente terá perdido a força.

Como não revidei o ataque, e sim encontrei uma forma de concordar com o meu

oponente, ele logo parece ficar sem munição e é desarmado com sucesso. Encare

isso como “vencer evitando a batalha”. À medida que o crítico começar a se acalmar,

vocês poderão se comunicar melhor.

Depois de demonstrar esses dois primeiros passos a um paciente no meu consultório,

geralmente proponho inverter os papéis, para que o paciente possa dominar

o método. Vamos fazer isso. Eu vou criticá-lo e atacá-lo, e você vai praticar a

empatia e formular suas próprias respostas. Depois veja o quanto elas são corretas

ou absurdas. Para que o diálogo a seguir torne-se um exercício mais útil, cubra as respostas

denominadas “Você” e formule suas próprias. Depois veja até que ponto

elas correspondem ao que escrevi. Lembre-se de fazer perguntas com base no método

da empatia e encontrar maneiras convincentes de concordar comigo usando a técnica

de desarmar.

David (fazendo o papel do crítico zangado): Você não está aqui para se sentir

melhor. Só está querendo que sintam pena de você.

Você (fazendo o papel do que está sendo atacado): O que o faz pensar isso?

David: Você não faz nada para se ajudar entre as sessões. Só quer vir aqui e ficar

reclamando.

Você: É verdade que deixei de fazer uma parte da tarefa por escrito que você

sugeriu. Acha que eu não deveria reclamar durante as sessões?

David: Você pode fazer o que quiser. É só admitir que não está nem aí.

Você: Então você acha que eu não quero melhorar, é isso?

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