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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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SEGUNDO PASSO ‒ DESARMAR QUEM O CRITICA

Se alguém está atirando em você, existem três opções: você pode se levantar e

atirar de volta ‒ o que geralmente leva à guerra e à destruição mútua; pode fugir ou

tentar desviar das balas ‒ o que costuma resultar em humilhação e perda de autoestima;

ou pode ficar parado e desarmar com destreza o seu oponente. Descobri que

essa terceira solução é, de longe, a mais satisfatória. Quando você diminui o ímpeto

de alguém, acaba vencendo-o, e na maioria das vezes o seu oponente também vai

achar que saiu ganhando.

Como se faz isso? É simples. Independente se a pessoa está certa ou errada, inicialmente

encontre uma forma de concordar com ela. Deixe-me ilustrar primeiro a

situação mais fácil. Vamos supor que a pessoa esteja basicamente correta. No exemplo

anterior, em que você me acusava furiosamente de parecer apressado e indiferente

em várias ocasiões, eu poderia dizer: “Você tem toda a razão. Eu estava com

pressa quando ligou, e provavelmente pareci mesmo impessoal. Já me disseram isso

outras vezes. Mas quero deixar claro que não tive a intenção de magoá-lo. E você

está certo, muitas das nossas sessões têm mesmo sido corridas. Você deve lembrar-se

de que as sessões podem durar o tempo que quiser, desde que isso seja combinado

com antecedência, para que possamos organizar a agenda. Podemos marcar sessões

com 15 ou 30 minutos a mais, para você ver se acha melhor.”.

Agora, vamos supor que estejam fazendo críticas a seu respeito, as quais você

considera injustas e sem fundamento. E se fosse impossível para você mudar? Como

pode concordar quando está convicto de que o que está sendo dito é totalmente

absurdo? É fácil ‒ você pode concordar a princípio com a crítica, ou encontrar algum

fundo de verdade na afirmação e concordar com isso, ou pode reconhecer que

o aborrecimento da pessoa é compreensível por estar baseado no modo como ela

enxerga a situação. Posso ilustrar isso melhor ao continuar com a encenação; você me

ataca, mas desta vez diz coisas que são basicamente falsas. Pelas regras do jogo, devo

(1) encontrar uma forma de concordar com o que você diz, seja lá o que for; (2) evitar

ser sarcástico ou ficar na defensiva; (3) falar sempre a verdade. Você pode dizer

as coisas mais absurdas e cruéis, e eu garanto que vou seguir essas regras! Vamos lá!

Você (continuando a fazer o papel do crítico zangado): Dr. Burns, você é

um bosta.

David: Eu me sinto assim às vezes. Parece que faço tudo errado.

Você: Essa terapia cognitiva não adianta porcaria nenhuma!

David: Sem dúvida, ela ainda pode ser muito aperfeiçoada.

Você: E você é um idiota.

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