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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Você (fazendo o papel do crítico zangado): Dr. Burns, você é um bosta que

não vale nada.

David: Por que eu sou um bosta?

Você: Por causa de tudo que você faz e diz. Você é insensível, egoísta e incompetente.

David: Vamos falar sobre isso. Quero que tente ser mais específico. Aparentemente,

eu fiz ou disse algumas coisas que o aborreceram. Mas o que eu

disse que lhe pareceu insensível? O que o fez pensar que sou egoísta?

O que eu fiz para parecer incompetente?

Você: Quando liguei para marcar minha consulta, outro dia, você parecia impaciente

e irritado, como se estivesse com muita pressa e não me desse

a mínima.

David: Está bem, eu fui apressado e indiferente ao telefone. O que mais eu fiz

que o irritou?

Você: Você parece estar sempre me apressando no fim da sessão ‒ como se isso

aqui fosse uma grande linha de montagem para ganhar dinheiro.

David: Certo, você acha que sou muito apressado durante as sessões também.

Posso ter lhe dado a impressão de que estou mais interessado no seu dinheiro

do que em você. O que mais eu fiz? Consegue pensar em outras

coisas que eu possa ter feito de errado ou que o desagradaram?

O que estou fazendo é simples. Ao lhe fazer perguntas específicas, eu minimizo

a possibilidade de você me rejeitar completamente. Você ‒ e eu ‒ tomamos conhecimento

de alguns problemas específicos que podemos tentar resolver. Além disso,

estou lhe dando a oportunidade de se defender ouvindo o que diz para entender a

situação do seu ponto de vista. Isso costuma dissipar qualquer raiva e hostilidade

e apresenta um caminho para resolver o problema, em vez de ficar discutindo ou

procurando culpados. Lembre-se da primeira regra ‒ mesmo que considere a crítica

totalmente injusta, responda com empatia, fazendo perguntas específicas. Descubra

o que, exatamente, a pessoa está querendo dizer. Se ela estiver de cabeça quente,

pode ficar colocando rótulos em você, talvez até dizer palavrões. Mesmo assim, peça

maiores detalhes. O que ela quer dizer com essas palavras? Por que o está chamando

de “um bosta que não vale nada”? Como você a ofendeu? O que você fez? Quando

fez isso? Quantas vezes já fez? O que mais a incomoda em você? Descubra o que a

sua atitude representa para ela. Procure colocar-se no lugar de quem o critica. Em

geral, essa abordagem vai acalmar a fera e preparar o terreno para uma discussão

mais sensata.

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