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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Antes de lhe ensinar o segredo para não desmoronar por dentro ao receber

uma crítica, deixe-me explicar por que algumas pessoas sofrem mais com as críticas

do que as outras. Em primeiro lugar, você precisa perceber que não são os outros,

nem os comentários que eles fazem, que o aborrecem. Vou repetir: em toda a sua

vida, jamais houve uma única vez em que uma crítica de outra pessoa o aborreceu

‒ nem mesmo um pouco. Por mais perversas, cruéis ou impiedosas que as críticas

possam ser, elas não têm o poder de perturbá-lo nem de causar um pouquinho

sequer de desconforto.

Depois de ler esse parágrafo, você pode ter a impressão de que estou enganado,

ficando maluco, sendo pouco realista ou uma mistura de tudo isso. Mas garanto que

não estou quando digo: só existe uma pessoa neste mundo que tem o poder de o

colocar para baixo ‒ e essa pessoa é você, mais ninguém!

É assim que funciona: quando alguém critica você, automaticamente são desencadeados

certos pensamentos negativos em sua mente. Sua reação emocional será

produzida por esses pensamentos, e não por aquilo que o outro disse. Os pensamentos

que o aborrecem invariavelmente irão conter os mesmos tipos de erros mentais

descritos no Capítulo III: generalização excessiva, pensamento “tudo ou nada”, filtro

mental, rotulagem etc.

Vamos analisar os pensamentos de Art, por exemplo. Seu pânico foi resultado

de sua desastrosa interpretação: “Essa crítica mostra o quanto sou inútil.”. Que

erro mental ele está cometendo? Em primeiro lugar, Art está tirando conclusões

precipitadas ao concluir arbitrariamente que a crítica do paciente é razoável e tem

fundamento. Pode ser este o caso ou não. Além disso, ele está exagerando a importância

de seja lá o que tenha dito ao paciente que possa ter sido indelicado (magnificação),

e está presumindo que não pode fazer nada para corrigir algum erro em seu

comportamento (adivinhar o futuro). Foi pouco realista ao prever que seria rejeitado

e arruinado profissionalmente porque repetiria infinitamente qualquer erro

que tenha cometido com esse paciente (generalização excessiva). Concentrou-se

exclusivamente em seu erro (o filtro mental) e ignorou seus inúmeros outros êxitos

terapêuticos (desqualificar ou ignorar as coisas positivas). Ele identificou-se

com seu comportamento inadequado e concluiu que era “uma pessoa inútil e insensível”

(rotulagem).

O primeiro passo para superar seu medo das críticas diz respeito aos seus próprios

processos mentais: aprender a identificar os pensamentos negativos que você

tem quando está sendo criticado. Será mais produtivo anotá-los usando a técnica

das duas colunas descrita nos dois capítulos anteriores. Isso lhe permitirá analisá-los

e identificar em que ponto o seu pensamento está errado ou não tem lógica. Por último,

escreva respostas racionais que sejam mais razoáveis e menos perturbadoras.

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