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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Se alguém fosse condenado a passar meses em isolamento, afastado de todas

as suas atividades normais e relações interpessoais, entraria numa grande depressão.

Até filhotes de macacos entram num estado de retardo e isolamento quando são

afastados de seus pares e confinados numa pequena jaula. Por que você impõe voluntariamente

a si mesmo um castigo semelhante? Está querendo sofrer? Com o uso

de técnicas cognitivas, você pode descobrir os motivos exatos da sua dificuldade de

se motivar.

Na minha clínica, percebo que a grande maioria dos pacientes com depressão

que são encaminhados a mim apresentam uma melhora considerável quando procuram

ajudar a si mesmos. Às vezes, o que você faz mal parece importar, desde que

tenha uma atitude de autoajuda. Conheço dois casos supostamente “sem salvação”

que encontraram uma grande ajuda simplesmente fazendo riscos numa folha de

papel. Um dos pacientes era um artista que passou anos convencido de que não era

capaz de desenhar sequer uma linha reta. Consequentemente, nunca tentou desenhar.

Quando seu terapeuta sugeriu que pusesse sua convicção à prova tentando

efetivamente traçar uma linha, ela saiu tão reta que ele começou a desenhar outra

vez e logo se livrou dos sintomas! E, no entanto, muitas pessoas com depressão passam

por uma fase em que se recusam terminantemente a fazer qualquer coisa para

se ajudarem. A partir do momento em que esse problema crucial de motivação é

resolvido, a depressão geralmente começa a diminuir. Então você pode entender por

que grande parte da nossa pesquisa destinou-se a identificar as causas dessa perda

de vontade. Usando esse conhecimento, desenvolvemos alguns métodos específicos

para ajudar você a lidar com a procrastinação.

Permita-me descrever dois pacientes que tratei recentemente. Você pode achar

que são casos extremos e concluir erroneamente que devem se tratar de dois “malucos”

que nada têm a ver com você. Na verdade, acredito que os problemas deles

sejam causados por atitudes semelhantes às suas, por isso não os ignore.

O paciente A, uma mulher de 28 anos, fez uma experiência para ver como seu

humor reagiria a uma série de atividades. Acontece que ela sente-se muito melhor

quando faz praticamente qualquer coisa. A lista de coisas que certamente melhoram

o seu humor inclui limpar a casa, jogar tênis, trabalhar, praticar violão, fazer compras

para o jantar etc. Só tem uma coisa que, com certeza, faz que se sinta pior; essa

única atividade quase sempre deixa-a extremamente infeliz. Sabe o que é? NÃO FA­

ZER NADA: ficar na cama o dia inteiro, olhando para o teto e atraindo pensamentos

negativos. E adivinhe o que ela faz nos fins de semana? Exatamente! Ela arrasta-se

para a cama no sábado de manhã e inicia a descida para o seu inferno interior. Você

acha que ela quer mesmo sofrer?

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