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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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ou de que não tem valor. Na medida em que acreditar nesses pensamentos, vai

sofrer uma forte reação emocional de desespero e raiva de si mesmo. Talvez até pense

que seria melhor morrer, porque esse mal-estar é insuportável e autodegradante.

Talvez fique inerte e paralisado, com medo e sem vontade de deixar a vida correr

normalmente.

Por causa das consequências emocionais e comportamentais negativas do seu

pensamento austero, o primeiro passo é parar de dizer a si mesmo que não tem

valor. No entanto, provavelmente não conseguirá fazer isso até que esteja absolutamente

convencido de que essas afirmações são incorretas e irrealistas.

Como se faz isso? Primeiro, você deve considerar que a vida humana é um processo

dinâmico que envolve um corpo físico em constante mudança, além de um

grande número de pensamentos, sensações e comportamentos que se modificam

rapidamente. Sua vida, portanto, é uma experiência em evolução, um fluxo contínuo.

Você não é um objeto; é por isso que qualquer rótulo será sempre restritivo,

genérico e extremamente impreciso. Rótulos abstratos como “inútil” ou “inferior”

não transmitem nada e não significam nada.

Mas talvez você ainda esteja convencido de que é pior do que os outros. Qual é

a sua justificativa? Você pode raciocinar: “Eu me sinto incompetente. Portanto, devo

ser incompetente. Senão, por que estaria tomado por essas emoções tão devastadoras?”

Seu erro está no raciocínio emocional. Seus sentimentos não determinam seu

valor, apenas seu estado relativo de conforto ou desconforto. O fato de você, internamente,

sentir-se um canalha desprezível não prova que é uma pessoa mau-caráter

e sem valor, apenas que você pensa que é; como se encontra numa fase deprimida,

você está pensando de maneira ilógica e irracional a seu respeito.

Você diria que o fato de estar alegre e de bom humor prova que você é ótimo ou

melhor que os outros? Ou significa apenas que está se sentindo bem?

Assim como seus sentimentos não determinam o seu valor, seus pensamentos

ou comportamentos também não. Alguns podem ser positivos, criativos e enaltecedores;

a grande maioria é neutra. Outros podem ser irracionais, autodestrutivos e

inadequados. Eles podem ser modificados se estiver disposto a fazer o esforço necessário,

mas certamente não significam que você não tem nada de bom. Não existe no

universo inteiro um único ser humano sem valor.

“Então, como posso desenvolver a autoestima?”, você pode perguntar. A resposta

é ‒ não precisa! Você não precisa fazer nada de especial para gerar ou merecer

autoestima; tudo que tem a fazer é calar essa voz interior crítica e reprovadora. Por

quê? Porque essa voz interior crítica está errada! Sua autocondenação é resultante do

pensamento ilógico e distorcido. Seu sentimento de inutilidade não se baseia na realidade,

é apenas o abscesso que se encontra no cerne do transtorno depressivo.

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