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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Nancy: Certo. Se eu parar de me castigar com essa afirmação, as coisas vão melhorar

e poderei começar a fazer mais pelo Bobby. A partir do momento

em que eu parar de dizer que não sou uma boa mãe, vou começar a me

sentir melhor.

David: Isso, agora o que pode dizer a si mesma quando pensar em dizer “Eu

não sou uma boa mãe”?

Nancy: Posso dizer que não preciso me odiar completamente só porque há uma

determinada coisa em relação ao Bobby que me desagrada, ou porque

ele tem um problema na escola. Posso tentar identificar esse problema,

enfrentá-lo e tentar resolvê-lo.

David: Muito bem. Isso, sim, é uma abordagem positiva. Gostei. Você contestou

uma afirmação negativa, depois acrescentou uma positiva. Gostei

disso.

Depois nos dedicamos a responder vários “pensamentos automáticos” que ela

havia anotado após o telefonema da professora do Bobby (ver Quadro 9, a seguir).

À medida que Nancy aprendia a contestar seus pensamentos autocríticos, ia sentindo

o alívio emocional de que tanto precisava. Foi, então, capaz de desenvolver

algumas estratégias de enfrentamento específicas para ajudar Bobby com suas dificuldades.

Seu primeiro passo para enfrentar o problema foi conversar com o Bobby sobre

as dificuldades que ele andava tendo para descobrir qual era o verdadeiro problema.

Ele estava mesmo tendo dificuldades, como sua professora havia indicado? O que

pensava a respeito do problema? Era verdade que andava tenso e tinha pouca confiança?

Suas lições de casa têm sido muito difíceis, ultimamente? Nancy percebeu

que, depois que conseguisse essas informações e descobrisse o verdadeiro problema,

teria condições de buscar uma solução apropriada. Por exemplo, se Bobby dissesse

que estava achando algumas das aulas muito difíceis, ela poderia criar um sistema

de recompensa para incentivá-lo a estudar mais em casa. Ela também resolveu ler

vários livros sobre relacionamento entre pais e filhos. Sua relação com Bobby melhorou,

e as notas dele e seu comportamento na escola tiveram uma súbita reviravolta.

O erro de Nancy foi ter tido apenas uma visão geral de si mesma, fazendo o julgamento

moralista de que não era uma boa mãe. Esse tipo de crítica a incapacitava,

porque criava a impressão de que ela tinha um problema pessoal tão grande e grave

que ninguém poderia fazer nada a respeito. O transtorno emocional que essa rotulagem

causou impedia-a de identificar o verdadeiro problema, dividi-lo em suas partes

específicas e encontrar as soluções adequadas. Se ela continuasse a se lamentar, é bem

possível que Bobby continuasse indo mal e ela se tornasse cada vez menos eficiente.

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