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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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Caso decida usar um contador de pulso, quero deixar claro que a intenção não

é que ele substitua o exercício de reservar 10 a 15 minutos por dia para anotar seus

pensamentos negativos e responder conforme descrito nas páginas anteriores. O método

por escrito não pode ser ignorado porque traz às claras a natureza irracional

dos pensamentos que o incomodam. Depois que estiver fazendo isso regularmente,

você pode usar o seu contador de pulso para cortar suas cognições dolorosas pela

raiz em outras ocasiões.

3. NÃO SE LAMENTE, ENFRENTE!

A MULHER QUE NÃO SE ACHAVA UMA “BOA MÃE”

Ao ler os capítulos anteriores, pode ter-lhe ocorrido a seguinte objeção: “Isso

tudo tem a ver com os meus pensamentos. Mas, e se os meus problemas forem concretos?

De que vai me adiantar pensar diferente? Eu tenho deficiências reais que

precisam ser tratadas.”.

Nancy, de 34 anos, é uma mãe de dois filhos que se sentia assim. Há seis anos ela

divorciou-se de seu primeiro marido e há pouco tempo casou-se novamente. Está

estudando meio período para terminar a faculdade. Nancy é normalmente alegre

e animada, e muito dedicada a sua família. Porém, sofre episódios de depressão há

muitos anos. Durante esses períodos, ela torna-se extremamente crítica consigo e

com os outros, costuma duvidar de si mesma e demonstrar insegurança. Ela foi-me

encaminhada durante um desses períodos de depressão.

Fiquei impressionado com a veemência com que Nancy se censurava. Ela havia

recebido um bilhete da professora do seu filho afirmando que ele estava tendo uma

certa dificuldade na escola. Sua primeira reação foi lamentar-se e se culpar. Leia a

seguir um trecho da nossa sessão de terapia:

Nancy: Eu devia ter ajudado mais o Bobby com a lição de casa, porque agora

ele é desorganizado e não vai bem na escola. Eu falei com a professora

dele, ela disse que o Bobby não tem autoconfiança e não segue direito

as orientações. Consequentemente, suas lições estão ficando cada vez

piores. Depois do telefonema, fiquei pensando nas minhas atitudes e

me senti desanimada de repente. Comecei a pensar que uma boa mãe

sempre passa algum tempo fazendo uma atividade com seus filhos toda

noite. Eu sou responsável por esse mau comportamento ‒ mentir, ir mal

na escola. Simplesmente não sei como lidar com o Bobby. Não sou mesmo

uma boa mãe. Comecei a achar que ele não era inteligente e ia ser

reprovado, e que tudo isso era culpa minha.

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