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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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e nós dois sabemos que isso não vai dar certo.” Deixe-me mostrar primeiro duas

abordagens populares, usadas por muitos terapeutas, as quais, acredito eu, não representam

soluções satisfatórias para o seu sentimento de inutilidade. Depois vou

mostrar-lhe algumas abordagens que irão fazer sentido e ajudá-lo.

Ao manter a crença de que existe alguma verdade profunda em sua convicção de

que você não vale nada, talvez alguns psicoterapeutas permitam-lhe “ventilar” esse

sentimento de incompetência durante uma sessão de terapia. Sem dúvida, há algum

benefício em trazer esses sentimentos à tona. A liberação catártica pode, às vezes,

mas nem sempre, resultar numa melhora temporária do humor. No entanto, se o

terapeuta não lhe der um retorno objetivo sobre a validade da sua autoavaliação,

é possível concluir que ele concorde com você. E talvez esteja certo! Na verdade, talvez

você o tenha enganado tão bem quanto a si mesmo. Por conseguinte, provavelmente

vai sentir-se ainda mais incompetente.

Silêncios prolongados durante as sessões de terapia podem deixar você ainda

mais chateado e preocupado com sua voz crítica interior ‒ mais ou menos como

uma experiência de privação sensorial. Esse tipo de terapia não diretiva, na qual

o terapeuta assume um papel passivo, costuma gerar muito mais ansiedade e depressão

para o paciente. E mesmo que você se sinta melhor por ter obtido alívio

emocional com um terapeuta atencioso e compreensivo, é provável que a sensação

de melhora não dure muito se não houver uma transformação significativa na forma

como você avalia a si mesmo e sua vida. A menos que reverta consideravelmente os

seus padrões de pensamento e comportamento autodestrutivos, é provável que você

volte a cair em depressão.

Assim como a ventilação emocional, por si só, não costuma ser suficiente para

superar o sentimento de inutilidade, em geral o insight e a interpretação psicológica

também não ajudam. Por exemplo, Jennifer é uma escritora que veio procurar tratamento

contra o pânico que sentia antes da publicação de seu romance. Na primeira

sessão, ela me disse:

Já passei por vários terapeutas. Eles disseram que os meus problemas são o perfeccionismo,

as expectativas impossíveis e as exigências que imponho a mim mesma. Descobri

também que devo ter herdado essa característica da minha mãe, que é compulsiva e perfeccionista.

Ela é capaz de achar um monte de coisas erradas num quarto impecavelmente

arrumado. Eu sempre tentei agradá-la, mas quase nunca consegui, por melhor que fizesse.

Os terapeutas me disseram, ‘Pare de enxergar todo mundo como se fosse a sua mãe! Pare

de ser tão perfeccionista’. Mas como é que eu faço isso? Eu gostaria de fazê-lo, eu quero

fazer, mas ninguém jamais foi capaz de me dizer como conseguir.

A queixa de Jennifer é similar às que escuto quase todos os dias na minha clínica.

Identificar a natureza ou a origem do seu problema pode dar-lhe um insight,

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