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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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8. COBRANÇAS

Você procura se motivar dizendo, “eu devia fazer isso” ou “eu tenho de fazer

aquilo”. Essas cobranças fazem-no se sentir pressionado e ressentido. Paradoxalmente,

você acaba se sentindo apático e desmotivado. Albert Ellis usou o termo em inglês

“musturbation” para denominar essa espécie de masturbação mental. Eu chamo

isso de encarar a vida como uma “obrigação”.

Quando você atribui essas obrigações aos outros, geralmente sente-se frustrado.

Certa vez em que uma emergência fez que eu chegasse cinco minutos atrasado para

a primeira sessão de terapia, minha nova paciente pensou: “Ele devia ter mais consideração

e pensar nos outros. Ele tinha de estar aqui.”. Esse pensamento tornou-a

amarga e ressentida.

Essas cobranças geram um turbilhão de emoções desnecessárias em nosso dia

a dia. Quando a realidade do seu próprio comportamento fica abaixo dos seus padrões,

esses pensamentos fazem-no sentir raiva de si mesmo, além de vergonha e

culpa. Toda vez que o desempenho perfeitamente humano das outras pessoas não

atingir as suas expectativas (o que fatalmente vai acontecer de vez em quando), você

se sentirá amargurado e hipócrita. Terá de mudar suas expectativas para se aproximar

da realidade ou ficará sempre decepcionado com o comportamento humano.

Se você identificou-se com esse mau hábito de ficar se cobrando o tempo todo, encontrará

muitos métodos eficazes de acabar com o devia e o não devia nos capítulos

posteriores sobre raiva e sentimento de culpa.

9. ROTULAGEM

A rotulagem pessoal cria uma autoimagem totalmente negativa baseada nos

seus erros. É uma forma extrema de generalização. A filosofia por trás disso é: “Uma

pessoa deve ser avaliada pelos erros que ela comete.”. Há uma boa chance de você

estar se rotulando toda vez que descreve seus erros com frases como “Eu sou um...”.

Por exemplo, quando você erra um chute na cara do gol, talvez diga “Eu sou um

idiota, mesmo” em vez de “Chutei mal”. Do mesmo modo, quando as ações em que

você investiu caem ao invés de subir, talvez pense: “Eu sou um fracasso” em vez de

“Cometi um erro”.

Rotular a si mesmo não é apenas autodestrutivo, é irracional. O seu eu não pode

ser equiparado a uma coisa que você tenha feito. Sua vida é um fluxo complexo e

inconstante de pensamentos, emoções e ações. Em outras palavras, você parece mais

um rio do que uma estátua. Pare de tentar definir-se com rótulos negativos ‒ eles são

excessivamente simplistas e incorretos. Você pensaria em si mesmo apenas como

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