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antidepressão a revolucionária terapia do bem-estar(1)(1)

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esteja ministrando uma excelente palestra e perceba que um homem na primeira

fileira está cochilando. Ele passou quase a noite toda na maior farra, mas é claro

que você não sabe disso. Talvez pense, “Essa plateia está me achando um chato”. Suponha

que um amigo passe por você na rua, mas não o cumprimente, pois está tão

distraído com seus pensamentos que nem nota a sua presença. Equivocadamente,

você pode concluir, “Ele está me ignorando, portanto não deve mais gostar de mim”.

Talvez o seu companheiro esteja meio calado numa noite porque foi criticado no trabalho

e está aborrecido demais para querer conversar. Você fica com o coração apertado

por causa da forma como interpreta o seu silêncio: “Ele está bravo comigo. O que

eu fiz de errado?”.

Você pode responder a essas reações negativas imaginárias recuando ou contra-atacando.

Esse padrão de comportamento autodestrutivo pode agir como uma

profecia autorrealizável e criar uma interação negativa no relacionamento que não

existia a princípio.

ADIVINHAR O FUTURO: É como se você tivesse uma bola de cristal que só

fosse capaz de prever desgraças. Você imagina que algo de ruim está para acontecer e

toma isso como um fato, mesmo não sendo realista. A bibliotecária de um escola de

ensino médio ficava repetindo a si mesma, durante seus ataques de ansiedade: “Eu

vou desmaiar ou enlouquecer.”. Essas previsões não eram realistas, pois ela nunca

havia desmaiado (nem enlouquecido!) em toda a sua vida. Também não tinha nenhum

sintoma grave que sugerisse insanidade iminente. Durante uma sessão de

terapia, um médico profundamente deprimido explicou-me por que estava abandonando

a profissão: “Estou vendo que vou ficar deprimido para sempre. Meu sofrimento

nunca vai acabar e tenho certeza absoluta de que esse ou qualquer outro

tratamento não vai adiantar nada.”. Essa previsão negativa quanto ao seu prognóstico

o fazia sentir-se inútil. A melhora dos sintomas logo após o início da sua terapia

mostrou que isso não tinha fundamento.

Você já se viu tirando conclusões precipitadas como essas? Suponhamos que

telefone para um amigo que não retorne a sua ligação depois de um tempo razoável.

Você sente-se deprimido ao se convencer de que o seu amigo provavelmente recebeu

o recado, mas não se interessou em ligar de volta. Sua distorção? Ler pensamentos.

Você fica ressentido e resolve nem ligar de novo para ter certeza, pois diz a si mesmo:

“Ele vai achar que estou sendo irritante se ligar outra vez. Só vou fazer papel de bobo.”.

Por causa dessas previsões negativas (adivinhar o futuro), você evita o seu amigo

e se sente desprezado. Três semanas depois descobre que ele nunca recebeu seu

recado. No fim, todo esse aborrecimento não passou uma confusão criada por você

mesmo. Mais um doloroso produto da sua magia mental!

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