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MANEJO<br />
CADEIA PRODUTIVA<br />
Diretora de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas<br />
do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos<br />
Recursos Naturais Renováveis), Lívia Karina Passos Martins<br />
disse que o manejo florestal incentiva a redução das mudanças<br />
climáticas, uma vez que toda a cadeia produtiva preserva<br />
e protege a floresta. Lívia afirma que o Ibama tem feito<br />
esforço grande para ajudar a qualificar o produto comerciado<br />
na cadeia de base florestal, pois é difícil o empresário sério<br />
da concessão florestal competir com a madeira que está<br />
sendo acobertada por créditos irregulares, com trabalho<br />
degradante e exploração da pobreza do entorno, com empresas<br />
fantasmas envolvidas e documentos fraudados. Isso<br />
não pode estar associado à cadeia de base legal. “Reconhecemos<br />
a importância da rastreabilidade da madeira; somos<br />
competitivos, tanto no mercado interno como externo, e a<br />
qualidade dos produtos é bastante exigida, não existe mais<br />
uma lógica de continuar contaminando a cadeia produtiva<br />
de base florestal com irregularidades já conhecidas”, alertou<br />
Lívia.<br />
GIGANTISMO<br />
Ex-ministra da Agricultura, a senadora Tereza Cristina<br />
(PP-MS) disse que o manejo florestal sustentável é uma<br />
ferramenta que contribui para deter o desmatamento ilegal<br />
em terras públicas. Tereza comenta que esse é um programa<br />
que deve ser olhado com muito carinho pelo MMA<br />
(Ministério do Meio Ambiente), pelo Ibama, e que ele seja<br />
mais célere. “Talvez com lotes menores, não sei, para que<br />
Precisamos avançar<br />
com o pagamento por<br />
serviços ambientais,<br />
pois essa é uma<br />
ferramenta que traria<br />
harmonia e conciliação<br />
entre ambientalistas e<br />
produtores rurais<br />
Tereza Cristina, senadora<br />
a gente possa utilizar essas terras não destinadas e tenha<br />
alguém cuidando. O Brasil tem um problema muito sério,<br />
que é o nosso gigantismo, somos um continente, tudo aqui<br />
e complicado pelo nosso tamanho. O Brasil vive um bom<br />
momento, mas a gente precisa caminhar”, ressaltou Tereza.<br />
A mesma observou que o manejo sustentável em florestas<br />
nativas é uma atividade de fundamental relevância, não só<br />
no âmbito do ambiente amazônico, mas em todo o país,<br />
tendo em vista a existência de áreas legais e de preservação<br />
permanente que podem ser exploradas. Todavia, afirmou,<br />
que a constante demonização da atividade produtiva no<br />
meio rural por setores radicais e movimentos fundamentalistas<br />
contribui para a criação de um ambiente institucional<br />
que dificulta demasiadamente a aprovação dos planos de<br />
manejo florestal, especialmente para aqueles produtores familiares<br />
e associações comunitárias que não têm condições<br />
de contratar assessorias especializadas para a elaboração<br />
dos planos. “Precisamos avançar com o pagamento por<br />
serviços ambientais, pois essa é uma ferramenta que traria<br />
harmonia e conciliação entre ambientalistas e produtores<br />
rurais”, concluiu Tereza.<br />
98 www.referenciaflorestal.com.br