You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Foto: divulgação<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
Informação<br />
É TUDO<br />
Por André Tourinho,<br />
formado em direito pela UFBA (Universidade<br />
Federal da Bahia), tem especializações<br />
pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e INSPER<br />
e atua como gerente de Compliance da<br />
Eldorado Brasil Celulose<br />
Controles internos como<br />
ferramenta de gestão<br />
são chave para melhor<br />
desempenho da indústria<br />
E<br />
screver um artigo para dizer que controles internos são<br />
uma função útil e essencial para uma boa governança<br />
corporativa das empresas seria chover no molhado.<br />
Grandes e pequenas empresas sabem da importância<br />
de se ter controles eficazes para a governança e para a<br />
integridade das informações em suas respectivas demonstrações<br />
financeiras.<br />
A falta de controles pode ser facilmente percebida por erros<br />
em demonstrativos contábeis, inconsistências em estoques e ineficiências<br />
operacionais, causando, por fim, perdas financeiras para o<br />
negócio. Os controles internos, então, devem ser associados como<br />
ferramentas da gestão para que as estratégias e os objetivos da empresa<br />
sejam alcançados.<br />
É nessa linha que os controles internos são definidos pelo COSO<br />
(Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission),<br />
uma das principais entidades internacionais dedicadas<br />
a desenvolver estruturas e orientações sobre controles internos,<br />
gerenciamento de riscos corporativos e análise de situações de fraudes,<br />
projetadas para aprimorar o desempenho organizacional, além<br />
de monitorar e reduzir a extensão de fraudes nas organizações. Para<br />
o COSO, controle interno “é um processo efetivado pelo conselho<br />
de administração ou pela gestão de uma entidade, projetado para<br />
fornecer garantia razoável em relação à realização de objetivos referentes<br />
a operações, relatórios de reporte e conformidade com as leis<br />
e regras internas.”<br />
Os controles internos vão muito além de simples ações ou regras<br />
internas. Não é apenas uma questão de ter controles para ter uma<br />
boa governança, mas de adotar os controles no dia a dia do negócio<br />
para evitar surpresas, materialização de impactos indesejados e,<br />
consequentemente, perdas financeiras relevantes.<br />
Como pilares essenciais de prevenção em um programa de compliance,<br />
são ferramentas que não visam burocratizar, mas garantir.<br />
São funções que buscam prever como determinadas decisões empresariais<br />
devem ser aprovadas e registradas para a continuidade do<br />
negócio; formalizar como ocorreram ações e operações; e ser suporte<br />
de dados e registro de operações. Tudo isso para garantir que as<br />
demonstrações financeiras reflitam a realidade dos negócios, dando<br />
confiabilidade para novos investimentos e avaliações de capital e<br />
assegurando que a gestão continuará a realizar as atividades empresariais<br />
de forma sustentável.<br />
Como regra geral, não é mandatório que toda empresa possua<br />
um departamento específico de controles internos para a execução<br />
de suas atividades (apesar de ser uma melhor prática!), mas é necessário<br />
que a administração adote os controles internos necessários<br />
para garantir que o negócio irá atingir seus objetivos e, consequentemente,<br />
crescer.<br />
No mês de maio, em que se celebrou a conscientização da auditoria<br />
interna, é importante frisar que as ferramentas de controles internos<br />
dão o suporte necessário para que os testes de auditoria evidenciem<br />
a saúde dos processos da empresa. A Eldorado Brasil conta<br />
com uma área de controles internos que tem o suporte necessário<br />
da administração, como parte da estratégia da empresa de manter<br />
os mais altos padrões de eficiência e competitividade.<br />
146 www.referenciaflorestal.com.br